domingo, 20 de dezembro de 2015

Programa Vozes da Amazônia dia 20/12/2015

Compartilho com vocês o áudio do Vozes da Amazônia deste dia 17/12/2015...vitórias da luta dos povos indígenas e muito mais por acontecer...viva a democracia e não ao golpe...
http://www.4shared.com/mp3/E5zrE_rEce/VOZES_DA_AMAZONIA_20-12-2015_V.html?

sábado, 19 de dezembro de 2015

ENTREVISTAS DE MÁRCIA MURA NA REVISTA CONTEMPORÂNEOS 2015 - DENÚNCIA DOS ALAGADOS...

Amigas e Amigos nesta revista tem duas entrevistas que realizei em Nazaré logo quando as águas da inundação baixaram, e a comunidade estava destruída, como todas as outras, me senti na obrigação de fazer ecoar as vozes de denúncia do abandono que aquelas pessoas tiveram durante quatro meses e depois ainda ver tudo que tinham destruído.
Conto com o apoio de vocês para ampla divulgação dessa denúncia.

Abraços, Márcia Mura

http://www.revistacontemporaneos.com.br/n13/entrevistas/riomadeira-timaia.pdf

http://www.revistacontemporaneos.com.br/n13/entrevistas/riomadeira-manel.pdf

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A luta pela Terra e o Enfrentamento ao poder para-estatal tá longe do fim...

http://cptrondonia.blogspot.com.br/2015/08/violenta-repressao-policial-contra-o.html

Manifestação do Movimento dos Sem Terra (MST) a favor da reforma agrária foi reprimida de forma violenta e desproporcionada pela Polícia Federal e Polícia Militar, ontem em Ji Paraná, Rondônia. 

NOTA DO MST DENUNCIA VIOLÊNCIA POLICIAL...
Alinhados à mobilização nacional de trabalhadores e trabalhadoras do Movimento Sem Terra (MST) que alcançou dezoito estados em protestos contra o ajuste fiscal do governo no orçamento da reforma agrária, na manhã do dia 3 de agosto de 2015 cerca de 400 militantes do MST vindos de diferentes acampamentos e assentamentos de Rondônia ocuparam o INCRA de Ji-Paraná e depois seguiram para o escritório da Receita Federal no município.        
A ocupação desta autarquia do Ministério da Fazenda, o responsável pelo corte de quase 50% dos recursos da Reforma Agrária (de R$ 3,5 bilhões restaram apenas R$ 1,8 bilhão), tinha por objetivo chamar a atenção da população e do Estado para as graves consequências do ajuste fiscal neste momento de crise econômica. Vistorias e outros procedimentos técnicos vinculados à reforma agrária, além de programas de moradia e financiamento da produção estão inviabilizados pelos cortes. Diferente do que a mídia local vem mostrando, não se tratou de uma ação CONTRA os servidores da Receita e sim de uma ocupação simbólica do Ministério da Fazenda.
Durante o ato, uma das portas de acesso ao prédio da Receita foi quebrada, assustando os servidores que se encontravam em expediente interno. O excesso foi reconhecido pelo movimento, que, em negociação com a Receita Federal e a Polícia Militar, comprometeu-se a ressarcir o prejuízo material (resolvido no mesmo dia, na parte da tarde) e a desocupar o espaço depois de certo tempo, pois seguiriam em marcha para o INCRA, onde havia uma pauta de reivindicações a ser discutida. Dentro da Receita, seguiram entoando cantos e palavras de ordem, como se faz comumente nas ações do MST.  
Daí a surpresa com a chegada da Polícia Federal, que antes mesmo de travar qualquer tentativa de negociação, lançou sobre os manifestantes, muitos deles crianças e idosos, bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha (ver 0’10”, 2’39” no vídeo). Um companheiro foi atropelado por uma viatura policial, fraturando a perna, e outro foi ferido a bala. Ambos só puderam ter atendimento médico horas depois da dispersão do ato. Impedidos de entrar nos ônibus, crianças e feridos seguiram a pé até o INCRA.
A desproporção da reação policial, muitos à paisana (ver 2’17” no vídeo), que a todo momento apontava armas letais (ver 0’59” e 2’38” no vídeo) para os manifestantes, é evidenciada pelos vídeos registrados no momento do confronto (ver 0’16” no vídeo). Quatro militantes foram presos e outros apreendidos como testemunhas em abordagens agressivas (ver 4’09”  5’03” no vídeo).  Liberados sob fiança, dois deles responderão por tentativa de homicídio por, supostamente, atentarem contra a vida dos policiais ao atirarem pedras e empunharem mastros de bandeira, defendendo-se de suas investidas. Na fértil imaginação policial, facões e foices, instrumentos de trabalho e símbolos da luta camponesa consagrados como “ícones da vitória” na famosa fotografia de Sebastião Salgado, transformaram-se em perigosas armas.
Diante do crescente cenário de criminalização das diferentes formas de protesto social e dos movimentos sociais, repudiamos a violência policial e  reafirmamos nosso compromisso de seguir firme na luta por reforma agrária e por uma vida digna no campo.
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Rondônia.


[1] Consultar vídeo: “Repressão contra sem terra em Rondônia" https://www.youtube.com/watch?v=jU0RQPyuICo

quarta-feira, 24 de junho de 2015

REFLEXÕES, CONFUSÕES SOBRE A TAL ECONOMIA VERDE...

SALADA DE SIGLA, CALDO DE GENTES...

Povos e comunidades tradicionais da Amazônia vivem num grande dilema: esperar pelas políticas públicas que não chegam ou se aventurar no tenebroso “mercado verde” em busca de algum recurso financeiro que lhe permita atender necessidades básicas geradas pós-contato.

Na Amazônia desde a década de 50 a ofensiva governamental se estabeleceu com um propósito: incluir esta vasta região no processo produtivo para ajudar o Brasil a crescer, isso mesmo, “integrar a Amazônia para não entregar”, mas o resultado deste processo foi ao contrário pela forma com que os povos e comunidades tradicionais se encontram atualmente.

Para tornar esta ocupação palpável foi criado o PIN - Plano de Integração Nacional e o PND – Plano Nacional de Desenvolvimento para Amazônia. Empresários foram trazidos de navios para conhecer os rios das Amazonas e mirar as belezas e fazer planos para ocupar esta “terra sem gente para gente sem terra”. As grades estradas que se tornariam importantes eixos de atração de migrantes: Belém – Brasília; Transamazônica, Marechal Rondon (BR364) foram sendo abertas aos poucos e permitindo que novas gentes chegassem, não mais pelos rios (seringueiros), mas agora pelas estradas de terra e com modos diferentes. Para promover “limpeza de área”, empresas de colonização e o SPI – Serviço de Proteção ao Índio atuavam em conjunto, deslocando os desterritorializados para colônias de redução indígena, também chamado postos de atração indígena, a exemplo de Ariquemes/RO com a Colônia Rodolpho Miranda.

Não bastava ter planos, era preciso ter grana para atrair estes investidores: mineradoras, madeireiras, criadores de gado e outros agentes utilizados na frente da colonização recente da Amazônia. Para dar suporte financeiro foi criado o BASA – Banco de Superintendência da Amazônia e a SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, com juros atrativos. O Governo fez sua parte e ainda criou o Projeto POLAMAZÔNIA na década de 70 e em seguida o POLONOROESTE – Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil. Ai chega o asfalto às rodovias e de 
Cuiabá à Manaus vai rapidinho pelas BR 364 e 319.

Nesse rastro milhares de migrantes rumam à terra prometida. De forma desordenada caminhões e mais caminhões chegam a Rondônia carregados de gentes. O IBRA – Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, transformado em INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária têm uma 
grande missão: distribuir terra para todos os migrantes que aqui chegavam, com ou sem dinheiro, cada um ia ocupando áreas antes de floresta nativa agora transformadas em cinzas, carvão...pinta-se uma nova história neste território... eram os homens sem terras, vítimas dos bancos no sul e sudeste 
(porque perderam produção por causa das geadas e com isso tiveram suas terras hipotecadas pela instituição de financiamento), para as terras sem homens, já que os povos indígenas foram apagados, exterminados e empurrados para outras regiões mais distantes do eixo da rodovia. Para ter direito ao documento da terra os migrantes tinham que desmatar e tornar a terra produtiva nos moldes das terras de origens destes.

Histórias de massacres de povos indígenas diante dessa sanha por novas terras não são poucos. Entre eles destacamos: Massacre do Paralelo 11 que vitimou uma aldeia do Povo Cinta Larga pela frente de minério, colonização e madeira em Juruena-MT, final dos anos 60; Massacre dos Oro Win por garimpeiros no rio São Luiz, alto Pacaás Novos final dos anos 60; Massacre dos conhecidos por povo Uru Eu Wau Wau com a abertura da BR 429 de Médice a Costa Marques já no início dos anos 80, cujo processo se deu com os Nambiqkawara, Suruí, Arara, Karitiana, Karipuna, Tenharin, Kaxarari entre tantos outros, por doenças, tiros e perda do território.

Enquanto os povos indígenas lutavam para manter a mãe natureza viva, contra a invasão de suas terras, numa luta solitária de povo a povo, a política governamental incentivava a migração e a destruição da floresta... Foi a grande noite para os povos indígenas... Foram enchendo o mundo de cinza, fumaça, poluição, matando os rios e igarapés...

Era da corrida do Brasil rumo ao tão sonhado primeiro mundo, mas os países mais ricos já estavam percebendo que o esgotamento dos recursos naturais estava comprometendo seu crescimento econômico. Um dos marcos desta reflexão é a Rio 92 ou a ECO 92, onde os olhos do mundo se voltam para a Amazônia e esta é considerada o “pulmão do mundo”, mas aqui transformada em balcão de negócios, em fornecedora de matéria prima. E os sete países mais ricos, unidos no PPG7 – Programa Piloto do Grupo dos 7 decidiram fazer doações ao Governo brasileiro para que investisse em ações de proteção da Amazônia, para criar as UC´s – Unidades de Conservação. Em Rondônia (1995) foi aprovado pelo Word Bank – Banco Mundial o financiamento para o PLANAFLORO – Plano Agroflorestal de Rondônia, numa tentativa de minimizar os impactos negativos causados pelo POLONOROESTE, chegando a construir um novo ZEE/RO – zoneamento econômico e ecológico, porém não respeitado nem mesmo pelas autoridades que o aprovaram.

Para tentar impulsionar a demarcação de terras indígenas, já que o Governo brasileiro não disponibilizava recursos para tal, doações de Governos da Alemanha, Grã Bretanha, Inglaterra entre outros, constituiu o fundo PPTAL – Projeto Piloto para Demarcação de Terras Indígenas e o PDPI – Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas para ações sócio-produtivas, mas em Rondônia esses dois projetos foram poucos acessados e o passivo social e ambiental para com os povos indígenas não foram sanadas, conflitos se agudizaram em novas frentes de expansão agropecuária e madeireira e estas terras se constituem, somadas com as extrativistas, nas únicas reservas de florestas. Esse exemplo pode ser seguido no estado do Acre, Mato Grosso, Pará e Tocantins.

São justamente as áreas restantes de floresta amazônica que a tal economia verde está de olho. Isso significa que a floresta antes tida como um “inimigo a ser vencido” agora passa a ter valor mercadológico, mas não mais simplesmente pela matéria prima extraída e sim com os créditos de carbono que ela pode gerar para empresas que poluem em seus países e que adquirem áreas florestadas, como forma de compensar pela emissão de gases poluentes em suas ações produtivas. Suas ações são orientadas pelos acordos globais (governos e empresas) em torno da iniciativa de REDD – Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, aprovada na COP15 – Cooperação das Partes.

As críticas a esta iniciativa são muitas devido exemplos de projetos REDD pelo mundo que tem provocado desde o congelamento a expulsão de povos em seus territórios, conflitos entre povos e a violação dos direitos indígenas no caso brasileiro, já que “a terra indígena é um bem inalienável” (Art. 231 CF). 

Frente a isso as inovações no nome, na tentativa de camuflar os resultados finais (compensar emissão de poluição) tem gerado uma grande salada tais como: REDD+ (redução de emissões por desmatamento e degradação e da conservação, com manejo sustentável e aumento de ‘reservas’ de carbono); ou REDD Plus (insere a adição de programas de conservação e manejo florestal); como se não bastasse tem o REDD Amazônico (numa proposta em construção) de pensar as especificidades Panamazônica, cujo mecanismo de compensação pelos serviços ambientais prestados pelas comunidades se daria pela implantação de políticas públicas e o crédito de carbono deveria ser considerado bem comum do povo brasileiro, já que “o meio ambiente é um bem comum”, conforme o Artigo  225 da Constituição Brasileira.

Isto posto, nota-se que a ofensiva do capital, capitaneado por governos e empresas, numa rota de manutenção do capital, de crescimento econômico e por isso criando novas formas de atrair interessados, tem envolvidos organizações sociais dos povos indígenas nas diversas escalas, assim como empresas de prestação de consultorias ambientais até empresas mediadoras de negócios na grande bolsa de valor da “Economy Green”. Dois casos emblemáticos para análise em Rondônia é o Fundo Carbono Suruí e o Projeto REDD Oro Nao´, com processos e resultados diferenciados num mesmo objetivo empresarial.

Atores sociais discordantes destas iniciativas mercadológicas passam a ser tratados como inimigos de mercado ou contra o desenvolvimento daquele referido povo. O que está em jogo nesta grande salada de sigla: de projetos de governo, de empresas, de ONG´s, de projetos REDD é a manutenção dos lucros do capital, enquanto que os povos e comunidades com suas culturas e modos de usos do território, estão virando um grande caldo na salada de fruta do mercado verde, pois não importa o que pensam, como vivem, que estes conseguiram proteger à custas de milhares de vidas, mas sim a floresta e os créditos que isso pode gerar para as empresas na manutenção do capital especulativo.

(TEXTO NÃO PUBLICADO EM OUTRA FONTE...)

quinta-feira, 19 de março de 2015

ENTRE CHEIAS E INUNDAÇÕES ÀS MARGENS DO RIO MADEIRA...

ENTRE CHEIAS E INUNDAÇÕES ÀS MARGENS DO RIO MADEIRA...




As populações da Panamazônia vivem às margens de rios que lhes garante vida e ao mesmo tempo os desbarranca, por influências das inundações causadas pelas intervenções nos rios que os banha. Como enfrentar as mudanças climáticas decorrentes e viver à margem de seus direitos essenciais?

No rio Madeira, maior afluente do rio das Amazonas, o Governo Federal leva à cabo um projeto de construção de hidrelétricas e hidrovias para produzir energias em favor do grande capital.

Aqui se encontram algumas empresas públicas e privadas, nacionais e transnacionais tais como: Furnas, Odebrechet, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Suez Tractbel, Siemens, Alstom, Votorantim, Sanden, Taboca, Fundos de Previdência, BNDES, Itaú, Bradesco, Eletrobrás, HSBC, que atuam nas ações de financiamento, construção de linhão de transmissão, obras de engenharia, fornecimento de turbinas entre outras.

Chegaram com a promessa de que resolveriam os problemas da região com estas obras, que gerariam milhares de empregos diretos e indiretos, que seriam a solução para os problemas porque gerariam muitas divisas, grana para os administradores local, estadual e nacional, capitaneados pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, alicerçado na lei da PPP - Parceria Público Privada, com total apoio da EPE - Empresa de Planejamento Energético e da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, ávidos por alimentar seus cofres com as porcentagens que lhe caberia com a viabilidade destes empreendimentos e com isso afastando o "fantasma do apagão".

Porém, para as populações regionais, já fragilizadas em seus direitos foi o que aconteceu: "apagão de direitos". Estas populações indígenas, extrativistas, pescadores, ribeirinhos, periurbanas sequer tiveram o direito de dizer não, porque lhe foi extraído o apoio às obras a partir de promessas de que lhes designariam projetos: posto de saúde, poço artesiano, equipamentos para produção, centro cultural entre outros, o que lhes era de direito, negado pela ausência ou negligência das políticas publicas.

O conhecimento tradicional foi negado nos estudos. O conhecimento técnico do estranho técnico, que adentrou os espaços individuais ou coletivos, perfurando, medindo, desmatando é o que fundamentou os relatórios e os chamados estudos de impacto ambiental, que o Ibama numa segunda rodada, é forçado a dar parecer por sua aprovação apesar das lacunas.

A intervenção é feita no rio Madeira, exterminando com a construção das ensecadeiras mais de 20 toneladas de peixes, os quais almejavam subir para reprodução, mas tiveram o triste fim: a morte, assim como os que deles dependiam para sua segurança alimentar, nutricional e geração de renda. Apesar de afirmarem nos estudos que exterminariam 50% do pescado existente, logo após segundo ano de obras as populações da região afirmam que reduziu em mais de 70% a oferta do peixe ou seja, o peixe sumiu...

Desmatamento, sepultamento de árvores, queima de outras, morte de peixes rio à cima com a formação dos lagos, expropriação territorial de milhares de pessoas, de famílias é a marca destas obras, ao passo que as empresas envolvidas receberam certificado pela produção de "energia limpa" com toda esta sujeira.

O conhecimento tradicional negado pelos relatórios técnicos de empresas conceituadas perante os órgãos de licenciamento, é o que organizou a vida e a ocupação secular de povos e comunidades. Todos estes são categóricos em afirmar que nunca antes tinham visto tamanha destruição pós-enchentes de 2014.

Antes planejavam suas vidas: social, cultural e econômica dialogando com a natureza que os cercava. Para saber se no inverno amazônico, período de chuvas, iria ter ou não cheias, no último dia de cada ano e no primeiro dia do ano novo colhiam um litro de água em cada dia e pesavam a mesma, que diante do peso devido a quantidade de sedimento contida na água, sabiam o que enfrentariam pela frente e se preciso fosse subiam ainda mais as residências, colhiam antes a castanha e outros produtos que lhes garantiam segurança alimentar e geração de renda. As cheias tinham prazos para iniciar e terminar, não comprometendo suas vidas, ao contrário, depositava nas praias e áreas alagadas sedimentos que fertilizavam e produziam em abundância melancia, melão, maxixe, feijão de praia, cheiro verde... Mas, para que serve isso diante dos altos custos das horas de consultorias científicas e pilhas de documentos.

Porém, com as intervenções no rio Madeira, seu barramento com formação de lagos, que dentro de um planejamento de médio e longo prazo pelo Ministério da Integração Regional está a construção de uma hidrovia para escoar soja do cerrado brasileiro e boliviano, provocou no ano de 2014 a maior inundação jamais vista, também apelidada de cheia atípica, que durou mais de três meses, provocando a morte e contaminação de toda forma de vida antes ali existente.

Na grande bacia hidrográfica do rio Madeira, conectado com os rios Abunã, Madre Dios, Beni, Mamoré, Guaporé e tributários menores o que se viu foi destruição e morte de pessoas, animais, peixes, produção e vegetação gerando insegurança alimentar, nutricional e desagregação social... Os barrancos não suportaram a carga d´água e se transformaram em sedimentos rio à baixo e rio à cima dos barramentos nas cachoeiras de Santo Antônio e Jirau.

A insegurança continua já que o rio Madeira está com seu leito mais raso com a grande sedimentação em toda sua dimensão, reafirmando o que o hidrólogo Jorge Molina já previu em estudos antes mesmo do inicio das obras, dessa forma não precisará de grandes chuvas para provocar novas inundações, que se tornarão um pesadelo anualmente e junto com ela toda forma de contaminação das águas com elevação do lençol freático, dos peixes, desestruturação social e ecológica entre outros e quem pagará esta conta com suas vidas são principalmente os povos e comunidades deixadas às margens desse tal desenvolvimento, desbarrancadas em seus direitos essenciais entre cheias e inundações enquanto as empresas lucrarão bilhões em novas obras como esta e por sua vez financiarão campanhas de políticos que os defenda...BASTA desse modelo agro-hidro-exportador de matéria primas às custas de Vidas amazônidas!


Cheias, Rios e Águas conduzem e produzem Vida. Inundação é sinal de Morte. NÃO as Barragens nos rios da Panamazônia! Sim à VIDA!

PROGRAMA VOZES DA AMAZÔNIA NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2015...OUÇA E COMPARTILHE

COMPARTILHO ÁUDIO DO PROGRAMA Vozes Da Amazônia Imv EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER DIA 8 DE MARÇO DE 2015... COM PARTICIPAÇÃO DE Márcia Mura... 
http://www.4shared.com/…/VOZES_DA_AMAZ_8032015_Homenage.html?

PROGRAMA VOZES DA AMAZÔNIA EM DEFESA DA DEMOCRACIA DE FATO E DE DIREITO...

COMPARTILHO ÁUDIO DO PROGRAMA Vozes Da Amazônia Imv dia 15 de março de 2015...BRASIL DEMOCRACIA CRIANÇA...com participação de Dom Moacir Grecchi com nota da CNBB sobre os Atos deste dia 15...Democracia Sim, Golpismo Não... escutem e compartilhe...
http://www.4shared.com/…/VOZES_DA_AMAZ_15032015_Democra.html

domingo, 1 de fevereiro de 2015

ENCHENTE Á VISTA NO RIO MADEIRA 2015

COMPARTILHO AUDIO DO PROGRAMA VOZES DA AMAZÔNIA, NA RÁDIO CAIARI AM 1430 DAS 9 AS 10:30 AOS DOMINGOS, QUE TRATA DA INUNDAÇÃO DE 2015 COM PARTICIPAÇÃO DO RIBEIRINHO SENHOR VELOSO DA COMUNIDADE BOA FÉ, COM REFLEXÕES QUE MERECEM ATENÇÃO...  http://www.4shared.com/mp3/NpLP59Toba/VOZES_DA_AMAZONIA_01022015.html? 

sábado, 24 de janeiro de 2015

SÍTIO DE MEU PAI EM JUÍNA MATO GROSSO, UM ESPAÇO ENCANTADO EM MUTAÇÃO...

UM RECANTO EM TRANSIÇÃO

Caros amigos e amigas, 
Venho por meio deste fazer o registro do espaço encantado onde meu pai Salvador e minha mãe Maria vivem, na Gleba Iracema 3, a 50 km da cidade de Juína, um espaço de 50 hectares, conquistado em 1997, após mais de uma década de luta pela terra...
Por motivos de saúde meus pais estão passando adiante este espaço encantado e os interessados podem ligar para mim 69 9981 4505.
Algumas características: sítio com CAR já elaborado; 20 hectares abertos para criação de pequeno rebanho bovino; 03 hectares de consórcio agroflorestal (cupuaçu, castanha, pupunha, cedro, pinho cuiabano, fruteiras); casa em alvenaria com madeira 15 X 8 m, cozinha fora, 3 varandas; curral; grande terreiro; galpão e terreiro pra café; igarapé e reserva legal.
Vejam algumas fotos que ilustram: