quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PLANO PLURI ANUAL - PPA DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO EM DEBATE

O DESAFIO DE CONSTRUIR UM PPA PARTICIPATIVO


Na tarde do ultimo dia 28 de agosto de 2017, participei juntamente com poucas pessoas, entre elas representante da Central de Movimentos Populares, da primeira plenária do PPA de Porto Velho.
Pouco mais de vinte pessoas se fizeram presente a este debate, o qual foi chamado numa quinta feira para se reunir em audiência pública na segunda feira, o que foi objeto de críticas é claro.
O Secretário Municipal de Orçamento e Gestão, sr. Cantídio conclamou a sociedade para que participe do processo de fundamental importância, alegando que o PPA não terá a cara da Porto Velho de 20130 se ela não participar, o que pareceu interessante e ao mesmo tempo desafiador na atual conjuntura, ou seja muito descrédito no poder executivo.
O consultor, responsável pela equipe elaboradora, professor Márcio fez uma apresentação motivadora do PPA e os desafios na construção do mesmo e da Porto Velho de 2030, embora o PPA seja do período de 2018 a 2021, mas segundo ele para mudar a cara desta cidade para melhor no mínimo teremos que ter 3 PPA´s nesta direção.
O consultor apresentou os desafios para este processo frente ao cenário de retrocesso financeiro nas administrações municipais, mas bateu na tecla da participação social na gestão da cidade.
Por fim deu a palavra para a platéia da qual usei em nome do Instituto Madeira Vivo e da Frente por uma nova Política Energética, traçando um cenário de futuro frente aos atuais problemas socioambientais de nossa região assim como, pela situação financeira, que se queremos mudar a cara de Porto Velho, do serviço público isso passa pela economia com a adoção de políticas ousadas na geração de energia elétrica descentralizada pelo sistema de compensação, iniciando pelas repartições públicas e incentivando a sociedade a conhecer e adotar medidas nesta direção. Para contribuir com a equipe entreguei Carta da Frente esclarecendo a Resolução 482 da ANEEL sobre o assunto.
O sr. Márcio e o secretário Cantídio agradeceram e pediram que os procurasse na SEPOG para contribuir com o assunto no PPA.
Foi informado ao final que à partir do dia 3 de setembro até dia 30 o PPA estará recebendo contribuições populares via on line ou via correios.
A agenda da equipe do PPA prevê uma série de audiências pelo município, distritos e com alguns setoriais.
Nós enquanto Comitê pró-Energia Solar vamos continuar a marcar presença neste processo, e vamos fazer de tudo para que na Porto Velho de 2030 a energia solar tenha papel de destaque, começando pelo PPA 2018 a 2021.

Secretário Cantídio na abertura

nossas contribuições nas mãos do professor Márcio






domingo, 27 de agosto de 2017

FOSPA 2017 - CAMBIO CLIMÁTICO grupos p2

Forum Social Tematico Energia e suas fontes de energia para a Vida

FOSPA 2017 - CAMBIO CLIMÁTICO

Oficina Minha Casa Solar Pvh



No dia 20 de agosto de 2017, durante todo o dia, na paróquia de Santa Luzia, zona sul de Porto Velho, o Instituto Madeira Vivo/IMV, juntamente com a Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil na pessoa do nosso articulador Joilson Costa, foi realizado o Seminário/Oficina Nossa Casa Solar, oportunizando um processo de troca de informação, debate e esclarecimento sobre a Resolução 482 da ANEEL, sobre o sistema de compensação de energia solar fotovoltaica.
Participaram representantes comunitários, professores, agricultores agroecológico, estudantes, militantes sociais e professores universitários.
Nas conclusões a decisão de constituir um Comitê Popular pró-Energia Solar de Porto Velho, assim como fazer incidência na elaboração do Plano Pluri Anual 2018-2021, para que a Energia Solar faça parte da matriz energética sustentável, em detrimento da construção de hidrelétricas. 

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VOZES DA AMAZÔNIA AO VIVO - 20/08/2017

PROGRAMA VOZES DA AMAZÔNIA DIA 27 DE AGOSTO DE 2017

sábado, 19 de agosto de 2017

COMUNIDADE CAVALCANTE NO RIO MADEIRA...3 ANOS DEPOIS PEDE SOCORRO!!!!



COMUNIDADE CAVALCANTE NO RIO MADEIRA...3 ANOS DEPOIS PEDE SOCORRO!!!!

Hoje dia 19 de agosto de 2017, eu membro do Instituto Madeira Vivo, juntamente com o engenheiro elétrico, assessor/articulador da Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil, Joilson Costa fomos visitar esta comunidade que tenta à duras penas reconstruir suas vidas, duramente afetadas, inundadas em 2014.
Sr. Edemir, vice presidente da associação local nos recebeu na boca do rio Jamari e nos conduziu até lá por cerca de 30 minutos rio Madeira à baixo após o Distrito de São Carlos.
Um grupo de pessoas se juntaram para a roda de conversa, cujo tema central foi a questão energia elétrica.
As mais de 140 famílias cadastradas na associação oriundas das antigas comunidades Terra Caida e Curicacas, além de outras tantas que também ocupam o mesmo espaço na antiga fazenda Eldorado, desapropriada para fins de reassentamento das famílias que perderam tudo com a inundação de 2014, anciosamente esperam soluções para seus problemas.
Antes ambas eram atendidas pela antiga distribuidora CERON e suas terceirizadas, agora vivem dependendo do pouco recurso de cada um para comprar diesel e gerar pelo menos duas horas diárias de energia elétrica...isso mesmo, pelo menos duas horas e gastam mais de R$ 2.800,00 mensais?!
Mas se antes eram atendidas pelo Programa Luz para Todos porque o mesmo desde 2014 não os atende na nova morada forçada? Porque não foi instalado mesmo que provisoriamente alguma estrutura de geração seja ela com motor estacionário ou solar por exemplo? Porque o poder público fiscalizador não cobrou ações dessa envergadura dos responsáveis, já que foram feitas promessas pela Defesa Civil e Eletrobras de que seria instalado geração de energia no local? Porque quem tem sempre que pagar a conta são as próprias vítimas?
No campo da educação por exemplo, por meio de transporte fluvial durante o dia crianças e jovens estudam em São Carlos, mas o estudantes da Educação de Jovens e Adultos noturnos desde 2014 não foram mais atendidos...isso é justo para com dezenas de pessoas que querem ter o direito sagrado à alfabetização? Porque a SEMED não manteve o mesmo direito de acesso onde estão ou em São Carlos? 
No tocante a água consumida a mesma é oriunda do rio Madeira. Não deveria o poder público abastecer de água potável esta comunidade já que ainda vivem em estágio de Alojamento Provisório Emergencial? Não há recursos públicos destinados à este tipo de atendimento?
O importante é que representantes comunitários já encaminharam propostas para solucionar pelo menos a energia, com a religação do motor gerador instalado na antiga Curicacas, com reabertura do Linhão, estendendo-a até Cavalcante, que inclusive já tem parceria comunitária para reabertura e extensão da linha de distribuição. 
Tá passando da hora do Plano Estratégico de Reconstrução dos Distritos atingidos pela Inundação de 2014 com seriedade. Parece que se as comunidades cansam as autoridades descansam e as esquecem...até quando isso ???
Nós assumimos o compromisso de somar aos representantes na pressão junto aos órgãos e autoridades que tem competência e obrigação de colaborar para a melhoria da qualidade de vida destas mais de 140 famílias da Comunidade Cavalcante.
Força Comunidade...nossos agradecimentos a todos e todas que participaram desta roda de diálogo...planejamento participativo se faz junto...

UM RIO EM MINHA VIDA !


RIO MADEIRA: UNS GANHAM, MUITOS PERDEM!
Esse meu rio que já foi canal de escoamento de drogas do sertão rumo à Europa;
Esse meu rio que já foi canal de escoamento de indígenas capturados para trabalhar em fazendas do Grão-Pará;
Esse meu rio que já foi palco de revoltas como a de Juricaba (Manao) e a Cabanagem (a única revolta que o povo assumiu o poder de fato, mesmo que por pouco tempo abaixo da linha do Equador);
Esse meu rio que já foi espoliado pela extração de minérios diversos;
Esse meu rio que já foi caminho da navegação das pelas de borracha para servir à guerra americana no oriente;
Esse meu rio que já sentiu o gosto amargo do deslizar de embarcações cheias de combustível, gás, alimentos e remédios para povos amazônicos e que enriqueceram empresários diversos;
Esse meu rio que sente as mazelas das dragas de garimpo extraindo de suas veias o ouro falso, que pouca riqueza gera porque sai na ilegalidade, embora alimente muitos filhos de tuas beiras;
Esse meu rio que foi extrupado por barramentos em suas cachoeiras, mudando seu curso normal gerando energia elétrica para grupos econômicos transnacionais e consumidores ávidos do restante do Brasil, enquanto filhos teus abaixo e acima continuam com seus direitos inundados e sem um bico de luz se quer;
Esse mesmo rio que agora alimenta o caixa de empresas ricas que ganham competições/licitações marcadas, para retirar de seu leito teus sedimentos e deposita-os em tuas margens, rendendo bilhões de reais para empresas que ajudam empresas à navegar, enquanto o povo de tuas margens fica à espera de algum barco ou expresso para levar até algum lugar necessário...
Teus sedimentos que antes geravam VIDA agora alimentam empresas que alimentam grupos econômicos-políticos... e quem paga a conta é teu POVO!!!
Até quando...!!!??