sábado, 19 de agosto de 2017

COMUNIDADE CAVALCANTE NO RIO MADEIRA...3 ANOS DEPOIS PEDE SOCORRO!!!!



COMUNIDADE CAVALCANTE NO RIO MADEIRA...3 ANOS DEPOIS PEDE SOCORRO!!!!

Hoje dia 19 de agosto de 2017, eu membro do Instituto Madeira Vivo, juntamente com o engenheiro elétrico, assessor/articulador da Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil, Joilson Costa fomos visitar esta comunidade que tenta à duras penas reconstruir suas vidas, duramente afetadas, inundadas em 2014.
Sr. Edemir, vice presidente da associação local nos recebeu na boca do rio Jamari e nos conduziu até lá por cerca de 30 minutos rio Madeira à baixo após o Distrito de São Carlos.
Um grupo de pessoas se juntaram para a roda de conversa, cujo tema central foi a questão energia elétrica.
As mais de 140 famílias cadastradas na associação oriundas das antigas comunidades Terra Caida e Curicacas, além de outras tantas que também ocupam o mesmo espaço na antiga fazenda Eldorado, desapropriada para fins de reassentamento das famílias que perderam tudo com a inundação de 2014, anciosamente esperam soluções para seus problemas.
Antes ambas eram atendidas pela antiga distribuidora CERON e suas terceirizadas, agora vivem dependendo do pouco recurso de cada um para comprar diesel e gerar pelo menos duas horas diárias de energia elétrica...isso mesmo, pelo menos duas horas e gastam mais de R$ 2.800,00 mensais?!
Mas se antes eram atendidas pelo Programa Luz para Todos porque o mesmo desde 2014 não os atende na nova morada forçada? Porque não foi instalado mesmo que provisoriamente alguma estrutura de geração seja ela com motor estacionário ou solar por exemplo? Porque o poder público fiscalizador não cobrou ações dessa envergadura dos responsáveis, já que foram feitas promessas pela Defesa Civil e Eletrobras de que seria instalado geração de energia no local? Porque quem tem sempre que pagar a conta são as próprias vítimas?
No campo da educação por exemplo, por meio de transporte fluvial durante o dia crianças e jovens estudam em São Carlos, mas o estudantes da Educação de Jovens e Adultos noturnos desde 2014 não foram mais atendidos...isso é justo para com dezenas de pessoas que querem ter o direito sagrado à alfabetização? Porque a SEMED não manteve o mesmo direito de acesso onde estão ou em São Carlos? 
No tocante a água consumida a mesma é oriunda do rio Madeira. Não deveria o poder público abastecer de água potável esta comunidade já que ainda vivem em estágio de Alojamento Provisório Emergencial? Não há recursos públicos destinados à este tipo de atendimento?
O importante é que representantes comunitários já encaminharam propostas para solucionar pelo menos a energia, com a religação do motor gerador instalado na antiga Curicacas, com reabertura do Linhão, estendendo-a até Cavalcante, que inclusive já tem parceria comunitária para reabertura e extensão da linha de distribuição. 
Tá passando da hora do Plano Estratégico de Reconstrução dos Distritos atingidos pela Inundação de 2014 com seriedade. Parece que se as comunidades cansam as autoridades descansam e as esquecem...até quando isso ???
Nós assumimos o compromisso de somar aos representantes na pressão junto aos órgãos e autoridades que tem competência e obrigação de colaborar para a melhoria da qualidade de vida destas mais de 140 famílias da Comunidade Cavalcante.
Força Comunidade...nossos agradecimentos a todos e todas que participaram desta roda de diálogo...planejamento participativo se faz junto...

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