quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MEMÓRIAS DO INÍCIO DA DESTRUIÇÃO DO RIO MADEIRA...


Compas,

Estive hoje pela manhã na cachoeira de Santo Antônio, avisado pelo Antônio Máximo presidente da associação comunitária, para registrar aquilo que se tornará a morte do rio Madeira.


A estrada lateral que dava acesso a Casa dos Ingleses (como é conhecida entre nós) remota ao período de construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, está fechada e o me disse o segurança da área, só pode entrar os trabalhadores e fornecedores.

O que se houve desde a Igrejinha de Santo Antônio é muito barulho de maquinário pesado e motor-serra.




Os ribeirinhos que moram nas comunidades de Trata Sério e Macacos não podem mais utilizar o porto que por décadas serviu de acesso a cidade Porto Velho.

Muitas das pessoas que encontrei por lá, estavam abatidas e com o sentimento de impotência diante do Goliás. Consegui chegar a uns 300 metros de onde começam a aterrar, logo mais eles estarão na ilha do Presídio e um pouco mais na margem esquerda do Madeira.

A sensação é perturbadora, um clima pesado e triste. Este local é espaço de muitas manifestações religiosas: cristianismo e afro-brasileira.


Autor: Silvânio Matias Gomes - 26/09/2008

Um comentário:

Márcia Mura disse...

Nossa! estava pensando nisso mesmo! acho que devíamos fazer a memória das lutas. beijos Márcia