22/06/2014 - 11:13h
Tenharim denuncia ameaças de morte a lideranças locais
Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas deverá verificar situação das aldeias na próxima quarta-feira (25/06)
Autor: Ana Aranda
Os indos Tenharim vão protocolar na Comissão Nacional de Direitos Humanos uma denúncia de ameaças de morte feitas por “gente grande da região” contra as lideranças Aurélio Tenharim, João Sena, cacique João Bosco, Ivanildo, Antônio Enésio e Marinho. “Cada cabeça destas vale um milhão de reais”, reforçou o denunciante, Aurélio Tenharim. As riquezas naturais da Terra Indigena, localizadas no Sul do Amazonas, são disputadas por garimpeiros e madeireiros e o território dos índios já foi invadido em diversas oportunidades, sendo que na década de 1980 passou a fazer parte da rodovia Transamazônica. Na próxima quarta-feira, a Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas deverá visitar as aldeias para verificar a situação da comunidade e as denúncias de ameaças.
Seis meses depois do trágico período que precedeu a morte de três moradores do Sul do Amazonas, no final do ano passado, os índios Tenharim – cerca de mil – vivem amedrontados na Terra Indígena. Acusados de forma coletiva e não comprovada pelos crimes, o povo sofreu ataques violentos e só agora, aos poucos, vai retomando a rotina. O forte aparato policial disponibilizado logo depois do conflito étnico ocorrido na região já foi desmobilizado.
No último dia 13 de junho, foi empossada a nova coordenação da Associação do Povo Indígena Tenharin (APITEN). A posse foi pontuada pela esperança de dias melhores e grande comoção provocada pela ausência de cinco parentes, presos em Porto Velho (Rondônia), acusados das mortes dos moradores de Humaitá. O professor Antônio Enésio Tenharim assumiu o cargo de coordenador geral e prometeu ” construir um documento com a história de nossa luta, desde nossos avós que tiveram os primeiros contatos e sobreviveram nos defendendo…”. Os indígenas querem apoio para a geração de emprego e renda para a população. O jornalista iremar Antônio Ferreira acompanhou a posse da nova diretoria da APITEN e faz um relato sobre a situação dos Tenharin.Confira
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