sexta-feira, 25 de março de 2011

JORNAL DE CIRCULAÇÃO NACIONAL ECOA NOSSOS GRITOS...

Desalojados do madeira sofrem

População deslocada para a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio perde renda com mudança

24 de março de 2011 | 0h 00

Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo

O Planalto acusou as construtoras das usinas do Rio Madeira de tratar de forma ultrapassada e autoritária os operários que, na semana passada, quebraram e incendiaram alojamentos. Mas a obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) enfrenta problemas sociais criados pelo próprio governo.

Na região onde as obras estão sendo tocadas, famílias tradicionais reclamam da perda da renda. Os moradores da localidade de Engenho Velho, na margem esquerda do rio, uma das desocupadas para abertura do canteiro de obras da usina de Santo Antônio, que junto com Jirau forma o complexo hidrelétrico, dizem que deixaram de ser ribeirinhos para virar desempregados na periferia de Porto Velho.

Transferidos para Novo Engenho Velho, uma vila construída às pressas pelo consórcio das obras numa área mais afastada do rio, eles afirmam que tiveram suas vidas alteradas e, diferentemente das famílias pobres de bairros antigos da capital, situados na margem direita, não têm acesso a programas sociais e à assistência do poder público.

Uma parte dos moradores da antiga vila ganhou casa de alvenaria, outra parte ainda espera a promessa de nova residência. É o caso do pescador Manoel Teles de Menezes, 60 anos. Ele reclama que na ponta do novo povoado, mais perto do Madeira, o rio não oferece condições de pesca. "Antes, tirava 40 quilos de peixe por dia. Ontem, não tirei nada", diz. "A gente jogava a rede para pegar dourado lá para cima, onde o consórcio fez um porto", completa. "Agora, só deixam pescar daqui para baixo, na água que não dá peixe."

Canoa vendida. Os moradores estão abandonando a prática da pesca, principal atividade econômica da comunidade até a mudança. A maioria precisa fazer longas caminhadas até chegar ao rio. Muitos já venderam a canoa. Outros estão colocando placa para vender a casa que ganharam.

Sair da nova vila é o desejo da "ex-ribeirinha" Raimunda Gomes de Freitas, 55 anos. Ela morava numa palafita à margem do Madeira. Vive numa casa de alvenaria a 1 quilômetro do rio. "A vida aqui não está pior, está péssima. Eu pescava 20 quilos de peixes por dia, dava para comer e vender o restante. Aqui, a gente tem de comprar até branquinha, porque a pesca foi proibida", relata. "Na vila antiga, eu não precisa sofrer com a carestia dos preços na cidade."

A família de Raimunda não tem mais canoa. O trecho do rio que passa mais próximo das casas é bem mais largo e com mais correntezas do que na antiga vila, impróprio para embarcações sem motor. Raimunda reclama também da qualidade do solo. Antes, no verão amazônico (julho a dezembro), ela plantava feijão, abóbora e hortaliças nas terras da margem do rio adubadas por sedimentos acumulados na cheia.

Ela faz questão de mostrar o pequeno quintal da nova residência. "É só cascalho, veja, é terra dura, as plantas não crescem e as galinhas não engordam", afirma. "Limão enxertado dá em todo canto. Menos aqui." A moradora conta que, após o início do projeto da usina, passou a sentir problema da hipertensão.

quinta-feira, 24 de março de 2011

FIDEL CASTRO ANALISA O DISCURSO DE OBAMA NO CHILE...LUCIDEZ DA GUERRILHA NOSSA DE CADA DIA...

As verdadeiras intenções da “Aliança Igualitária”
por Fidel Castro, no Vermelho

Ontem foi um dia longo. Desde o meio-dia acompanhava as peripécias de Obama no Chile, como tinha feito no dia anterior com suas aventuras na cidade do Rio de Janeiro. Essa cidade, em brilhante desafio, tinha derrotado Chicago em sua aspiração a ser sede da Olimpíada de 2016, quando o novo presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz parecia um êmulo de Martin Luther King.

Ninguém sabia quando chegaria a Santiago do Chile e o que faria ali um presidente dos Estados Unidos, onde um de seus antecesores havia cometido o doloroso crime de promover a derrubada e a morte física de seu heroico presidente, horríveis torturas e o assassinato de milhares de chilenos.

Ao mesmo tempo, eu tratava de acompanhar as notícias que chegavam da tragédia do Japão e a brutal guerra desencadeada contra a Líbia, enquanto o ilustre visitante proclamava a “Aliança Igualitária” na região do mundo onde a riqueza está pior distribuída.

Entre tantas coisas, me descuidei um pouco e não vi nada do opíparo banquete de centenas de pessoas com as raridades que a natureza dotou os mares, que se fosse realizado em um restaurante de Tóquio, cidade onde se paga até 300 mil dólares por um atum fresco de aleta azul, teriam sido gastos até US$ 10 milhões.

Era muito trabalho para um jovem de minha idade. Escevi uma breve Reflexão e depois dormi longas horas.

Hoje de manhã estava tranquilo. Meu amigo só chegaria a El Salvador depois do meio-dia. Pedi despachos telegráficos, artigos da internet e outros materiais recém-chegados.

Vi, em primeiro lugar, que por minha culpa os despachos telegráficos tinham dado importância ao que eu dissera sobre o cargo de primeiro-secretário do partido, e explicarei isso com a maior brevidade possível. Concentrado na “Aliança Igualitária” de Barack Obama, um assunto de tanta relevância histórica – estou falando sério – nem sequer recordei que no próximo mês terá lugar o Congresso do partido.

Minha atitude com relação ao tema foi elementarmente lógica. Ao compreender a gravidade de minha saúde, fiz o que, a meu juízo, não foi necessário quando tive o doloroso acidente em Santa Clara; depois da queda o tratamento foi duro, mas a vida não estava em perigo.

Quando, porém, escrevi a Proclamação de 31 de julho, era evidente para mim que meu estado de saúde era sumamente crítico.

Retirei-me de imediato de todas as minhas funções públicas, acrescentando algumas instruções para oferecer segurança e tranquilidade à população.

Não era necessária a renúncia, em concreto, de cada um de meus cargos.

A função mais importante para mim era a de primeiro-secretário do partido. Por ideologia e por princípio, em uma etapa revolucionária, corresponde a esse cargo político a máxima autoridade. O outro cargo que eu exercia era o de presidente do Conselho de Estado e de Governo, eleito pela Assembleia Nacional. Para ambos os cargos existia um substituto, e não em virtude de vínculo familiar, que jamais considerei fonte de direito, mas por experiência e méritos.

O grau de Comandante em Chefe foi-me outorgado pela própria luta, uma questão de acaso mais do que de méritos pessoais. A própria Revolução, em etapa posterior, atribuiu corretamente a chefia de todas as instituições armadas ao presidente, uma função que, a meu juízo, deve corresponder à de primeiro-secretário do partido. Entendo que deve ser assim em um país que, como Cuba, tem tido que enfrentar um obstáculo tão considerável como o império criado pelos Estados Unidos.

Transcorreram quase 14 anos desde o último Congresso do partido, anos que coincidiram com o desaparecimento da URSS e do campo socialista, o Período Especial e minha própria doença.

Quando progressiva e parcialmente recuperei a saúde, nem sequer me passou pela cabeça a ideia ou necessidade de proceder ao formalismo de fazer renúncia expressa de nenhum cargo. Aceitei nesse período a honra da eleição como deputado à Assembleia Nacional, que não exigia a presença física, e com a qual podia compartilhar ideias.

Como disponho de mais tempo que nunca para observar, informar-me, e expor determinados pontos de vista, cumprirei modestamente meu dever de lutar pelas ideias que tenho defendido ao longo de minha modesta vida.

Rogo aos leitores que me desculpem pelo tempo gasto nesta explicação, que as circunstâncias mencionadas me obrigaram a dar.

O assunto mais importante, não esqueço, é a insólita aliança entre milionários e famintos que o ilustre presidente dos Estados Unidos propõe.

Os bem informados – aqueles que conhecem, por exemplo, a história deste hemisfério, suas lutas, ou inclusive, somente a do povo de Cuba defendendo a Revolução contra o império que, como o próprio Obama reconhece, tem durado mais tempo que “sua própria existência”–, com segurança se assombrarão com sua proposta.

Sabe-se que o atual presidente é um bom alinhavador de palavras, circunstância que, unida à crise econômica, o crescente desemprego, as perdas de habitações e a morte de soldados norte-americanos nas guerras estúpidas de Bush, o ajudaram a obter a vitória.

Depois de observá-lo bem, não me surpreenderia que fosse o autor do ridículo título com que se batizou a matança na Líbia: “Odisseia do Amanhecer”, que fez tremer o pó dos restos de Homero e dos que contribuíram para idealizar a lenda dos famosos poemas gregos; embora eu admita que talvez o título fosse uma criação dos chefes militares que manejam as milhares de armas nucleares com as quais uma simples ordem do Prêmio Nobel da Paz pode determinar o fim de nossa espécie.

De seu discurso aos brancos, negros, índios, mestiços e não mestiços, crentes e não crentes das Américas, pronunciado no Centro Cultural Palácio de la Moneda, as embaixadas dos Estados Unidos distribuíram cópia fiel em todas as partes, e foi traduzido e divulgado por Chile TV, CNN, e imagino que outras emissoras em outros idiomas.

Foi ao estilo do que pronunciou no primeiro ano de seu mandato, no Cairo, a capital de seu amigo e aliado Hosni Mubarak, cujas dezenas de bilhões de dólares subtraídos ao povo é de se supor que um presidente dos Estados Unidos sabia.

“…O Chile demostrou que não temos por que estar divididos por raças […] ou conflitos étnicos”, assegurou, deste modo o problema americano foi apagado do mapa.

Insiste obsessivamente quase de imediato que “…este maravilhoso lugar onde nos encontramos, a poucos passos de onde o Chile perdeu sua democracia há várias décadas…” Tudo menos pronunciar o golpe de Estado, o assassinato do meticuloso general Schneider, o nome glorioso de Salvador Allende, como se o governo dos Estados Unidos não tivesse que ver em absoluto nada com isso.

O do grande poeta Pablo Neruda, cuja morte o golpe traidor acelerou, foi pronunciado mais de uma vez, nesse caso para afirmar de forma poeticamente bela que nossas “estrelas” primordiais são a “luta” e a “esperança”. Obama ignora que Pablo Neruda era comunista, amigo da Revolução Cubana, grande admirador de Simón Bolivar, que renasce a cada cem anos, e inspirador do Guerrilheiro Heroico Ernesto Guevara?

Fiquei admirado quase desde o início de sua mensagem, com os profundos conhecimentos históricos de Barack Obama. Algum assessor irresponsável se esqueceu de explicar-lhe que Neruda era militante do Partido Comunista do Chile. Depois de outros parágrafos sem transcendência, reconhece que: “Sei que não sou o primeiro presidente dos Estados Unidos a prometer um novo espírito de cooperação com nossos vizinhos latino-americanos. Sei que às vezes, os Estados Unidos não têm dado suficiente importância a esta região.”

“…A América Latina não é o velho estereótipo de uma região em conflito perpétuo nem prisioneira por ciclos intermináveis de pobreza.”

“Na Colômbia, grandes sacrifícios por cidadãos e forças da segurança têm restaurado um nível de segurança que não se via desde há décadas”. Ali jamais houve narcotráfico, paramilitares nem cemitérios clandestinos.

Em seu discurso a classe operária não existe, nem camponeses sem terras, tampoco os analfabetos, a mortalidade infantil ou materna, os que perdem a visão, ou são vítimas de parasitas como o mal de Chagas ou de doenças bacterianas como o cólera.

“Desde Guadalajara até Santiago e São Paulo, uma classe média está exigindo mais de si mesma e mais de seu governo”, expressa.

“Quando um golpe de Estado em Honduras ameaçou o progresso democrático, os países do hemisfério invocaram unanimemente a Carta Democrática Interamericana, o que ajudou a assentar as bases do retorno ao Estado de direito.”

A verdadeira razão do maravilhoso discurso de Obama se explica de forma indiscutível no meio da sua mensagem e com as suas próprias palavras: “A América Latina só vai se tornar mais importante para os Estados Unidos, especialmente para nossa economia. […] Compramos mais de seus produtos e serviços que nenhum outro país, e investimos mais nesta região que nenhum outro país. […] nós exportamos mais de três vezes à América Latina do que o que exportamos para a China. Nossas exportações para esta região… aumentam mais rápido do que nossas exportações para o resto do mundo…”. Pode-se ocasionalmente deduzir disto que “quanto mais próspera seja a América Latina, mais prósperos serão os Estados Unidos.”

Obama dedica mais adiante insípidas palavras aos fatos reais:

“Mas sejamos francos e também admitamos […] que o progresso do continente americano não é suficientemente rápido. Não para os milhões que sofrem a injustiça da extrema pobreza. Não para as crianças nos bairros e favelas, que só querem as mesmas oportunidades que têm os demais.”

“O poder político e econômico com demasiada frequência está concentrado nas mãos de poucos, em vez de servir à maioria”, expressou textualmente.

“Não somos a primeira geração que enfrenta esses desafios. Há exatamente 50 anos, o presidente John F. Kennedy propôs uma ambiciosa Aliança para o Progresso.”

“O desafio diante do presidente Kennedy persiste: ‘construir um hemisfério em que todos [os povos] possam ter a esperança de um nível de vida apropriado, em que todos possam viver sua vida com dignidade e liberdade’.”

É incrível que venha agora com essa história tão tosca que constitui um insulto à inteligência humana.

Não lhe resta mais remédio que mencionar entre as grandes calamidades um problema que se origina no colossal mercado dos Estados Unidos e com as armas homicidas desse país: “Os bandos de criminosos e narcotraficantes não são apenas uma ameaça contra a segurança dos cidadãos. São uma ameaça contra o desenvolvimento, porque afugentam o investimento de que a economia necessita para prosperar. E são uma ameaça direta contra a democracia porque alentam a corrupção que solapa as instituições por dentro”.

Mais adiante acrescenta relutantemente: “Mas nunca eliminaremos o atrativo dos cartéis e bandos a não ser que também enfrentemos as forças sociais e econômicas que alimentam a criminalidade. Necessitamos chegar aos jovens vulneráveis antes que recorram às drogas e ao crime”.

“Como presidente, tenho deixado claro que nos Estados Unidos aceitamos nossa responsabilidade pela violência gerada pelas drogas. A demanda de drogas, incluída a dos Estados Unidos, impulsiona esta crise. Por isso formulamos uma nova estratégia para o controle das drogas que está centrado em reduzir a demanda de drogas por meio da educação, prevenção e tratamento.”

O que ele não diz é que em Honduras 76 pessoas em cada 100 mil habitantes morrem por causa da violência, 19 vezes mais do que em Cuba, onde praticamente, apesar da proximidade dos Estados Unidos, tal problema quase não existe.

Depois de umas quantas bobagens do tipo, sobre as armas direcionadas ao México, que estão confiscando, um Acordo Transpacífico, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, com o qual diz que se esmeram em aumentar o “Fundo de Crescimento com Microfinanciamento para as Américas” e prometer a criação de novas “Vias à Prosperidade” e outros termos altissonantes que pronuncia em inglês e espanhol, volta a suas peregrinas promessas de unidade hemisférica e trata de impressionar os ouvintes com os riscos das mudanças climáticas.

Obama acrescenta: “E se alguém duvida da urgência das mudanças climáticas, basta que olhem dentro do continente americano, desde as fortes tormentas do Caribe até o derretimento das geleiras nos Andes e a perda de bosques e terras de cultivo em toda a região”. Sem o valor de reconhecer que seu país é o máximo responsável por essa tragédia.

Explica que se orgulha de anunciar que “…os Estados Unidos estão trabalhando com sócios na região, entre eles o setor privado, para aumentar em 100 mil o número de estudantes dos Estados Unidos na América Latina e em 100 mil o número de estudantes da América Latina que estudam nos Estados Unidos”. Já se sabe o que custa estudar Medicina ou outra carreira nesse país e o roubo descarado de cérebros que os Estados Unidos praticam.

Todo o seu palavreado para terminar com uma loa à OEA que Roa qualificou como “Ministério Ianque das Colônias”, quando, em memorável denúncia de nossa pátria nas Nações Unidas, informou que o governo dos Estados Unidos tinha atacado nosso território em 15 de abril de 1961 com bombardeiros B-26 pintados com insígnias cubanas; um fato desavergonhado que dentro de 23 dias completará 50 anos.

Dessa forma acreditou que tudo estava totalmente pronto para proclamar o direito a subverter a ordem em nosso país.

Confessa heroicamente que estão “permitindo que os estadunidenses enviem remessas para dar certa esperança econômica às pessoas em Cuba, como também mais independência das autoridades.”

“…continuaremos buscando maneiras de aumentar a independência do povo cubano, que tem direito à mesma liberdade que todos os demais países neste hemisfério.”

Em seguida, reconhece que o bloqueio prejudica Cuba, priva a economia de recursos. Por que não reconhece que as intenções de Eisenhower e o objetivo declarado dos Estados Unidos quando o aplicou era render pela fome o povo de Cuba?

Por que se mantém? A quantas centenas de bilhões de dólares ascende a indenização que os Estados Unidos devem pagar a nosso país? Por que mantêm na prisão os cinco heróis antiterroristas cubanos? Por que não se aplica a Lei de Ajuste a todos os latino-americanos, em vez de permitir que milhares deles morram ou fiquem feridos na fronteira imposta ao país do qual foi arrebatada mais da metade do seu território?

Rogo ao presidente dos Estados Unidos que me escuse a franqueza.

Não abrigo sentimentos hostis para com ele ou seu povo.

Cumpro o dever de expor o que penso de sua “Aliança Igualitária”.

Os Estados Unidos nada ganharão ao criar e estimular o ofício de mercenários. Posso asegurar-lhe que os melhores e mais preparados jovens de nosso país graduados na Universidade de Ciências Informáticas conhecem muito mais de Internet e computação do que o Prêmio Nobel e presidente dos Estados Unidos.

Fidel Castro Ruz
22 de março de 2011, 21h17
Fonte: Cubadebate
Tradução da Redação do Vermelho

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SE FAZ NO DIA-A-DIA...

Seminário reúne técnicos e gestores das Bases de Serviços de Comercialização em Manaus/AM
18/03/2011 04:11
Do dia 21 até o dia 25 de março, se realiza em Manaus (AM), o Seminário "Formação de Técnicos e Gestores de Bases de Serviços de Comercialização (BSC) - Norte e Centro-Oeste". O evento, organizado pela Fundação Cândido Rondon e organização não governamental Nymuendaju, conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA).
O evento objetiva formar técnicos de BSC para o assessoramento aos empreendimentos da agricultura familiar no mercado, bem como promover o intercâmbio de experiências entre técnicos e gestores das Bases.
Durante cinco dias os participantes debaterão assuntos como territorialidade; agricultura familiar na comercialização solidária; o papel das BSCs; mercado institucional e outras estratégias de comercialização.
Lúcia Tereza Rosário, consultora e articuladora para ações de dinamização econômica (das regiões Norte e Centro-Oeste), explica que o Seminário está dividido em dois blocos, um mais conceitual e outro operacional. “Nessa segunda parte vamos esclarecer dúvidas sobre chamadas públicas para o PNAE; etapas de elaboração de projetos para o Programa de Aquisição de Alimentos-PAA; orientações sobre o papel das Bases de Serviço e as prioridades para o trabalho do técnico. Além disso, haverá um momento para troca de experiências, o que enriquecerá o debate”, afirmou ela.
Este é o primeiro seminário promovido para técnicos e gestores das regiões Norte e Centro-Oeste com expectativa de aproximadamente 60 participantes (agricultores familiares, assessores técnicos e agentes de desenvolvimento econômico sustentável).

De Rondônia participam as seguintes pessoas e instituições: Sr. Esmeraldo (RECA - Porto Velho), Sr. João Vieira (COOPFLORA - Machadinho do Oeste) e Haiandara Rabelo (COOPERVIDA - Ouro Preto do Oeste), ambas entidades com experiências em comercialização de produtos da Agricultura Familiar e Solidária...

Saiba mais:
Bases de Serviços Técnicos de Comercialização (BSC) são instituições que prestam um ou mais tipos de serviços de apoio aos processos produtivos e comerciais dos empreendimentos da agricultura familiar e economia solidária. Podem ser Ongs, associações e cooperativas que, com o apoio do MDA, atuam focadas no recorte territorial ou na escala estadual.
SERVIÇO:
O que: Seminário "Formação de Técnicos e Gestores de Bases de Serviços de Comercialização (BSC) - Norte e Centro-Oeste"
Local: Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas - Rua José Paranaguá, 435 – Centro, Manaus-AM
Informações: (61) 2020 0875/0873 e (92) 3238 6999

ALERTA POVO DE ALTAMIRA, DO XINGÚ !!!!

Data: 24 de março de 2011 08:55

População das áreas de risco em Altamira sofre com alagamento
A população de Altamira que reside nas margens dos igarapés que cortam a cidade está sofrendo, mais uma vez, com o alagamento. Milhares de pessoas que podem ficar desabrigadas nas próximas semanas se o nível dos rios continuarem a subir aguardam ansiosas para serem realocadas pela empresa dona da concessão de Belo Monte, a Norte Energia S.A (NESA). Entretanto, até hoje a empresa não deu nenhuma informação sobre como nem quando fará isso, muito menos para onde estas pessoas irão, o que deixa os moradores apreensivos.
Três igarapés cortam a cidade e deságuam no Rio Xingu: Ambé, Panelas e Altamira. Na margem deste último, que tem o mesmo nome da cidade, residem mais de 10 mil pessoas em cerca de duas mil moradias, a grande maioria delas palafitas instaladas em áreas de risco. O Rio Xingu se encontra na cota 97.81 e com isso o Igarapé Altamira está transbordando, começando a invadir mais de 600 casas. Como as chuvas devem continuar a cair na região pelo menos até o final de abril, milhares de pessoas podem ter que deixar suas casas.
O Igarapé Ambé tem em suas margens mais de 2.500 residências e uma população de 12 mil habitantes. A água também começa a invadir as residências dos moradores, que não sabem pra onde ir. Eles vivem esta situação quase todos os anos, mas ouviram que com a construção de Belo Monte, este problema iria acabar, pois seriam transferidos para um novo bairro, em terra firme, e ganhariam uma moradia digna, com saneamento básico e acesso a serviços como energia e abastecimento de água.
O sofrimento destas pessoas não tem nenhuma relação com o início da construção da usina, no entanto, como eles não recebem informações sobre o futuro, estão apreensivos e ainda mais preocupados. As informações sobre para onde vão e como vão viver são desencontradas e acaba gerando muita especulação, o que deixa as famílias com receio de piorarem as condições de vida.
“Já falaram que vão nos transferir para uma área longe da cidade, mas nós trabalhamos perto de nossas casas e, se formos morar longe, não teremos como ir para o trabalho. Estamos preocupados e não sabemos o que vai acontecer com a gente”, disse Maria das Dores, mãe de dois filhos que reside na Baixada do Tufi, na margem do Igarapé Altamira, e trabalha como empregada doméstica em uma residência no centro da cidade, a menos de mil metros de sua casa.
Lideranças dos moradores manifestam inconformismo com a situação. Em reunião recente, representantes da Norte Energia afirmaram que têm tempo para cumprir a condicionante de realocar as famílias e que pode fazer isso ate quando os reservatórios começarem a ser cheios, daqui a três anos. “Isso demonstra que o interesse financeiro está acima dos problemas da população local. A situação destas pessoas é o maior problema de Altamira hoje e resolver isso deveria ser prioridade”, disse Dilermando Zorteia presidente do CONBEMAT.

Fort Xingu - Unidos somos mais forte. - http://fortxingu.blogspot.com

quarta-feira, 23 de março de 2011

ALGUÉM PRECISA ALERTAR A PRESIDENTA DILMA DE QUE O BURACO É MAIS ABAIXO...

Eletrobras admite descontrole "preocupante" em investimentos

A Eletrobras identificou um quadro de descontrole "preocupante" sobre as suas participações societárias em projetos de geração e transmissão de energia e em outras empresas.

A estatal decidiu contratar uma auditoria para fechar um raio-X dos 88 projetos dos quais ela e suas subsidiárias participam, entre os quais as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e Belo Monte, no Pará.

A companhia possui ainda participação acionária relevante em mais de 40 empresas de energia, como a Cesp, a AES Tietê, a Cemar e a Celpa, entre outras.

TUDO FARINHA DO MESMO SACO... QUAL A PRÓXIMA MÁGICA DA CARTOLA!?

Como Jirau, Santo Antônio é paralisada
Qua, 23 de Março de 2011 08:45

Sob forte clima de tensão, os 16 mil operários da usina de Santo Antônio, em Rondônia, voltaram ontem ao canteiro de obras comandado pela Odebrecht, mas decidiram cruzar os braços até o fim da negociação de uma extensa pauta de reivindicações. Não há prazo para a retomada do trabalho, paralisado desde sexta-feira, quando episódios de violência forçaram a saída de quase todos os 22 mil operários da vizinha usina de Jirau, no rio Madeira.

A apresentação das reivindicações quase se confunde com o dissídio da categoria, em maio. Os operários de Santo Antônio pedem reajuste de até 35%, maior participação nos lucros, alterações nos planos de saúde, revisão de descontos indevidos, redução das horas extras e dos preços nas lanchonetes privadas do canteiro. Porto Velho vive o drama da inflação de demanda, puxada pelos 40 mil operários e suas famílias. Os aluguéis são muito caros - o de uma casa de dois quartos é de R$ 2,5 mil - e há um déficit habitacional estimado em 15 mil unidades.

Fonte: Valor Econômico

SÓ VIU QUEM NÃO QUIS...

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/892719-usinas-hidreletricas-levam-criminalidade-a-rondonia.shtml

Usinas hidrelétricas levam criminalidade a Rondônia
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RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO
RODRIGO VARGAS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO

A região das obras das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, registra uma explosão de criminalidade e de casos de exploração sexual de crianças e de adolescentes. O aumento dos problemas supera o ritmo do crescimento populacional.

A obra de Jirau foi palco de revolta de trabalhadores na semana passada -- o canteiro foi depredado.

Disputa de sindicatos pode estar por trás de conflito em Jirau Ministro do Trabalho deve intermediar reunião sobre Jirau.

As usinas começaram a ser construídas no segundo semestre de 2008. A população de Porto Velho, onde estão as duas obras, cresceu 12,5% entre aquele ano e 2010. A expansão populacional de Rondônia foi de 2,7%.

Já o número de homicídios dolosos na capital aumentou 44% no mesmo período. Para o promotor Aluildo de Oliveira Leite, que acompanha o impacto das obras, o efeito social das obras foi "subdimensionado".

A ampliação do hospital de base da cidade, que era prevista, não foi concluída.

Em janeiro, os Ministérios Públicos Estadual e Federal cobraram do governo do Estado e da prefeitura "ações sociais efetivas" para o distrito de Jaci-Paraná.

O objetivo, segundo o documento, é "reduzir a alarmante prostituição e tráfico de drogas" no local.

Segundo Raiclin Silva, do Juizado da Infância, as áreas próximas aos canteiros tinham participação mínima nos resgates de menores e agora são metade do total.

O número de estupros em Rondônia cresceu 76,5% de 2008 a 2010. A quantidade de crianças e adolescentes vítimas de abuso ou exploração sexual subiu 18% no período.

Mais de 37 mil funcionários, na maioria homens vindos de outros Estados, trabalham nas duas obras. "É como se houvesse um garimpo", diz Silva.

OUTRO LADO

Segundo o consórcio Energia Sustentável do Brasil, o programa de compensação da obra de Jirau prevê repasse de R$ 156 milhões ao governo estadual e prefeitura.

O consórcio Santo Antônio Energia disse que repassou recursos para a segurança pública estadual. Já o governo estadual e a prefeitura não se pronunciaram.

Colaborou LUCIANA RIBEIRO, de São Paulo

segunda-feira, 21 de março de 2011

TRABALHADORES VOLTAM PRA CASA ESCOLTADOS PELA POLÍCIA! CRIMINOSOS???









TRABALHADORES DE JIRAU VOLTAM PARA CASA ESCOLTADOS PELA POLÍCIA NO AEROPORTO DE PORTO VELHO... MARGINAIS!???
Parece que em nosso País se rebelar contra as injustiça cometidas pelo poder econômico é caso de polícia... vide o que aconteceu em Jirau na semana que Obama visitou o Brasil...
Chamo este fato de "Tsunami humano no Rio Madeira"... já escrevi neste blog sobre o assunto, mas venho neste momento destacar como os trabalhadores depois de terem serem direitos reconhecidos pelo Ministério Público do Trabalho, lideranças políticas e sindicais, mostrando que as empresas do consórcio Jirau mentem para a sociedade de que toda sua ação é de respeito aos povos da região e aos trabalhadores, culminando neste levante de oprimidos por vários fatores...
Ao acessar este direito, de retornar para casa de avião ou de ônibus, policiais acompanham passo-a-passo dos trabalhadores (a la FBI do Obama no RJ e em Brasília), porém como uma grande diferença, não para proteger os trabalhadores, mas vendo-os como uma ameaça à cidade e aos bens do "capital"...
Registro meu protesto contra esta prática de usar as "forças armadas" contra o trabalhador que denuncia seus direitos violados... e os patrões, as empresas responsáveis por tudo isso, pela exploração extrema do trabalhador, por andarem com segurança, engomados e advogados merecem é a proteção do Estado brasileiro!?
Veja na matéria abaixo o que Martin Luther King falou sobre a revolta, o motim... comungo com sua idéia...

domingo, 20 de março de 2011

4 RIOS SE POSICIONA EM DEFESA DOS AMOTINADOS DE JIRAU...

"A riot is the language of the unheard.""Um motim é a linguagem dos que não foram ouvidos" Martin Luther King discurso proferido em Birmingham, Alabama, EUA, (1963-12-31).
Nota: Jirau de hoje pode ser Belo Monte, Tapajós e Teles Pires de amanhã

Esta semana, o canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, virou um campo de batalhas; depois um inferno em chamas; depois um deserto de cinzas e aço retorcido.Jirau concentra todos os problemas possíveis: em ritmo descontrolado, trouxe à região o “desenvolvimento” da prostituição, do uso de drogas entre jovens pescadores e ribeirinhos, da especulação imobiliária, da elevação dos preços dos alimentos, das doenças sem atendimento, e de violências de todos os tipos.Em Julho de 2010, as populações atingidas pela obra já protestavam contra o não cumprimento de condicionantes, desrespeito e irregularidades no processo de desapropriação/expulsão de suas áreas, fraudes nas indenizações, etc. Em outubro, mais de um ano após o início das obras, os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia impetraram uma ação civil pública contra o Estado, o município de Porto Velho, a União, o Ibama, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR, empresa responsável pelas obras), por descumprimento de condicionantes nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança. Até hoje, 70% não saíram do papel.Sobre as condições dos trabalhadores no canteiro de obras, em 2009 trinta e oito pessoas foram libertadas de trabalho análogo à escravidão em uma prestadora de serviço da usina. Em 2010, uma nova fiscalização em Jirau produziu 330 autos de infração por crimes trabalhistas. Nos distúrbios ocorridos esta semana, pipocaram denúncias contra a construtora Camargo Correia: maus tratos, irregularidades no pagamento, não-pagamento de horas extra, ameaças, etc. Foi o combustível que fez a bomba explodir.Depois, o que se viu foram milhares de trabalhadores vagando perdidos, esfomeados, desamparados e desesperados, sem dinheiro, roupas, sem ter pra onde ir ou onde dormir. Por que? Porque mais de 70% dos barrageiros de Jirau são de outros estados, de acordo com a Assembléia Legislativa de RO. Os empregos prometidos para a região viraram fumaça.Este mesmo “desenvolvimento” imposto ao rio Madeira ameaça agora as bacias do Xingu, do Tapajós e do Teles Pires no Pará e no Mato Grosso. O projeto de Belo Monte, o mais avançado nestes rios, segue com assustadora semelhança os passos de Jirau: licença de instalação parcial ilegal, autorizações de desmatamento, descumprimento acintoso das condicionantes, ameaças a ribeirinhos e pequenos agricultores para que vendam suas terras, desrespeito absoluto aos direitos constitucionais das populações indígenas, e migração acelerada e desordenada de trabalhadores de fora.Em fevereiro, representantes das bacias do Madeira, Xingu, Tapajós e Teles Pires, que compõem a Aliança dos Rios da Amazônia, se reuniram com o governo, que prometeu abrir o diálogo com os movimentos. Nenhuma sinalização de que este diálogo realmente ocorrerá foi dada até agora, mais de um mês depois.Nos solidarizamos profundamente com todos que sofreram e ainda sofrerão com as violências de Jirau. Nos solidarizamos com os trabalhadores, com as populações atingidas, com as populações das comunidades e das cidades da região.Mas Jirau é um sinal de alerta ao governo – principal responsável, em última instância, por tudo que acontece nas obras do PAC – e seus empresários: as violações sistemáticas de direitos das populações mais cedo ou mais tarde levam à reação. Não ha desmandos que ficam impunes, nem ameaças que permaneçam sem respostasAliança dos Rios da Amazônia Movimento Xingu Vivo para SempreAliança Tapajós VivoMovimento Rio Madeiro VivoMovimento Teles Pires Vivo Responder Responder a todos Encaminhar

quinta-feira, 17 de março de 2011

"O HAITI É AQUI...!?"




Caros e Caras... o haiti é aqui... literalmente... na semana que refugiados haitianos chegaram a RO vindo pelo Acre, a bomba humana eclodiu... isso já era de se esperar, porque os acordos trabalhistas não tem sido cumpridos e os trabalhadores não aguentavam mais trabalhar muito e receber pouco... o estopim já estava aceso e somente as autoridades e empresas não queriam ver... eis o resultado da política de super-exploração da mão de obra para avançar no cronograma e antecipar geração em dois anos para obter maiores lucros... alicerçado com recursos do BNDES...
Bom, as informações em boa parte estão na imprensa e o caos humano está instalado,...vinhamos denunciando isso no programa vozes da Amazônia e agora é ver como governos e empresas se comportarão diante deste cenário de guerra que se tornou o canteiro de obras queimadas...
A revolta dos trabalhadores humilhados foi grande... e as proporções da ação também...
conversei de ontem pra hoje com vários trabalhadores que fugiram da confusão... na Rodoviária de Porto Velho uma massa humana se concentrava no dia de hoje em busca de solução, de comida, de hospedagem e de noticia das empresas... a maioria perdeu seus documentos no fogo que engoliu os alojamentos... o pouco dinheiro ou cartão que possuiam tudo virou cinza, assim como o sonho do "Carlos" que chegou a três meses do Paraná... veio empregado... viajou quatro dias, trabalhou três meses e agora está "rodado" em Porto Velho...
A informação obtida junto aos trabalhadores dá conta de que não tem vítimas fatais, já que a revolta se deu e foi traduzida em ataques ao patrimônio;
A polícia de choque esteve no local, mas afirmam que eram poucos e não enfrentaram os revoltosos para mais de 300 e havia barricadas de ônibus pelo caminho;
De acordo com o delegado da delegacia de criminalistica sua equipe hoje cedo voltou da entrada do canteiro porque não tinha acesso e a queima e fumaça era grande;
Muitos trabalhadores rumaram para os núcleos urbanos desde ontem porque não tinha meio de transporte para sair e no canteiro não tinha hoje pela manhã, fornecimento de alimentação, isso os fez andar em busca de apoio... lembrem-se, estamos falando de mais de 20 mil trabalhadores e isso tem provocado nas pessoas da região o medo de que venham cometer atos, mas até o início da noite nada de anormal foi registrado nestas localidades: Mutum e Jaci... os trabalhadores querem chegar em Porto Velho: de carona, táxi, caminhões pau-de-arara, ônibus chegam todos lotados... pelas ruas de PVH trabalhadores puxando malas de rodinhas, muchilas nas costas ou sem nada nas mãos foi a cena do dia... provocando mais caos no trânsito nas proximidades da rodoviária, por onde a maioria chegou e espera voltar...
Convém destacar que os motivos, dezenas deles, mas traduzo-os, conforme as falas:
-as empresas menores pagam melhores salários, o tick alimentação é de 350,00 e a cada três meses tem direito a passagem aérea para visitar familiares quem é de fora...
-a C.C que é a maior paga só 160,00 de tick alimentação e não banca viagem de ninguém...
-la dentro do canteiro de obras quem perde um ônibus por lotação e chega atrasado na rodoviária de distribuição pros canteiros de obras, perde o dia de serviço... o mesmo acontece para quem na volta perde o ônibus tem que ir à pé para seu alojamento..
-na hora do almoço todo mundo corre para pegar o ônibus, para chegar na fila, para voltar pro ônibus pra não chegar atrasado no trabalho... todo mundo vive correndo, não tem tempo de descanso...
-quem vem pra cidade perde 4 horas somente em viagem todo dia e não recebe um real por isso... as pessoas não conseguem dormir em viagem devido acidentes... tudo isso atrapalha...
-quando chega o final do mês que se espera enviar dinheiro para as famílias, ao pegar o contracheque o que se vê é só desconto que ninguém entende porque tanto e assim todos ficam desanimados porque não consegue ajudar a família distante...
-os responsáveis por setor tratam os trabalhadores como se fossem animais, não respeita o outro...

Por enquanto somente menção da presença da Força Nacional e do Exército na região... o que se vê realmente é um exército de trabalhadores sem eira nem beira... em meio ao caos de trabalhadores sem comida, sem documentos, roupas, só nos resta lembrar da canção... o haiti é aqui...

att.
Iremar

terça-feira, 15 de março de 2011

À DEUS OS AMIGOS...

Caros e Caras... até que enfim consegui um tempinho para escrever estas linhas... quero falar de uma coisa que vem do coração...
perdi, perdimos na última sexta-feira a noite dois amigos queridos... tínhamos as desavenças partidárias porém construímos laços de amizades grandes à décadas em Rondônia...
Eduardo Valverde - lembro desde o tempo das feijoadas na calçada para arrecadar fundos para a caravana da cidadania do Lula e da campanha do mesmo a governo, senado... coisas de gente miúda acreditando na vida...
mas a curva da vida o levou e junto com ele o professor Ely Bezerra... meu companheiro de história...
seus exemplos inspirarão a luta dos que ficaram...
sigam ao infinito...

sexta-feira, 11 de março de 2011

TODAS AS ENTIDADES SE ESFORÇAM NA DEFESA DOS RIOS DA AMAZÔNIA...







Do Blog do Fausto Brignel:

SETE FLECHAS CONTRA BELO MONTE


A justiça federal cassou a liminar contra Belo Monte. Era de se esperar. É de desesperar. Não há sangue nesses brancos corações. Não há amor nessa decisão cúmplice da morte. Para esses nigromantes perversos, criadores da escuridão, só resta a justiça da natureza.

Rufem os tambores. Rufem os tambores para o chamamento dos deuses. Não há mais justiça que não seja a tua, Xangô do machado duplo! Venha, meu Sete Flechas, Senhor da mata! Rufem os tambores contra o mal que se abriga naquelas lápides do planalto central; contra os que querem extrair o útero da Terra e devastar o que resta da alma do Xingu. Rufem os tambores!

A mando de Oxalá, sete flechas vão vibrar. Em cada flecha um Orixá; em cada Orixá uma luz.

Uma flecha colocada no braço direito de Oxóssi, para que derrame os bálsamos curadores e não permita que as doenças da avareza penetrem na floresta. Flecha do conhecimento e da restauração. Flecha da proteção da floresta. Aos que desejam o mal, que esse mal se volte contra eles – e se arrependam. Okê Arô!

Uma flecha colocada no braço esquerdo de Ogum. Flecha da defesa, para que sejamos protegidos de todas as maldades materiais e espirituais e não permita que o ferro seja utilizado para maltratar a floresta. Que confunda nas encruzilhadas os engenheiros do mal, os empresários da devastação. Os que desejam utilizar o ferro para a destruição, que o mesmo ferro se volte contra eles – e se arrependam. Ogunhê!

Uma flecha cruzada no peito de Xangô, para nos defender das injustiças da humanidade. Não permita que o fogo e a eletricidade sejam desvirtuados de sua natureza e utilizados para o mal. É sua a natureza da justiça; é sua a proteção dos injustiçados. Os que desejam usar a justiça para o mal que recebam de volta o mesmo mal que desejam praticar – e se arrependam. Kaô Kabiesilê!

Uma flecha cruzada nas costas de Iansã, para nos defender de todas as traições de nossos inimigos. Oyá, mãe do céu rosado e do entardecer, senhora protetora das águas, não permita que o Xingu seja exterminado pelos maus! Que os que desejarem mexer nas águas que a natureza doou, sejam castigados por essas mesmas águas. E se arrependam. Epa Hey!

Uma flecha colocada sobre a perna direita de Iemanjá, para abrir os nossos caminhos na senda da espiritualidade. Rainha do mar e de todas as águas que para ele convergem, não permita que o teu reino seja conspurcado com a maldade e a ganância dos homens que perderam a alma. Protege os teus filhos e que todos aqueles que desejarem o mal sobre o teu reino prateado, azul e branco, recebam de volta o mesmo mal que desejaram – e se arrependam. Odò iyá!

Uma flecha colocada sobre a perna esquerda de Oxum, para lavar os nossos caminhos, iluminar os nossos espíritos e nos defender de todas as forças negativas. É teu o poder sobre os rios. Não permita que cachoeiras artificiais sejam construídas nas águas que proteges! Que todos aqueles que desejarem o mal e a destruição da natureza recebam de volta o mal que desejaram – e se arrependam. Ora ye ye ô!

Caboclo sete flechas, a quem Omulu/Obaluaiê entregou em suas mãos a flecha do astral superior, protetor das ervas e da flora: não permita que a maldade humana prospere. Que todos aqueles que desejam o mal sobre a natureza recebam esse mesmo mal de volta – e se arrependam.

Está cravado.

Saravá, meu pai das matas!

Saravá, ó mãe dos rios!

NEM AS ONÇAS ESCAPAM DOS DESTRUIDORES DO RIO MADEIRA...

10/3/2011

Falha no projeto da Usina de Jirau leva fazendeiros a decidir exterminar onças

Onças pintadas e vermelhas estão na mira de tiro de fazendeiros e sitiantes das regiões de e , respectivamente a 90 e 160 quilômetros de Porto Velho. Ao fugirem dos desmatamentos provocados pela construção da , os felinos estão invadindo as propriedades rurais e causando prejuízos consideráveis aos criadores da gado, carneiro e até galinhas, pois esses bichos são alvos potenciais das onças em busca de alimentos.

A informação é do sítio Tudo Rondônia, 07-03-2011.

“De novembro para cá já perdi 10 carneiros”, disse Almino Brasil, funcionário público da prefeitura de Porto Velho que mantém uma pequena propriedade às margens do rio Caracol, em Jaci Paraná. “Fui informado que poderia requerer indenização, mas não tenho tempo de, a cada vez que acontecer um ataque, largar meus afazeres aqui na cidade para ir ao sítio fotografar o ocorrido e correr atrás dos meus direitos. O jeito é amargar o prejuízo”.

Um fazendeiro que preferiu não se identificar disse que há um movimento entre os proprietários rurais para transformar a caçadora em caça, ou seja, eles pretendem abater os felinos a fim de diminuir seus prejuízos.

“Está claro que há uma tremenda falha no projeto ambiental dessa usina”, opina o mesmo fazendeiro. “Antes de desmatar, eles deveriam remover as onças para alguma reserva ambiental. O que eles fizeram? Simplesmente estão baixando as motosserras no habitat desses bichos e, para eles, não resta outra alternativa, a não ser buscar refúgio e alimentos nas propriedades da região. O fato é que, antes da usina, não tínhamos esse problema por aqui”.

HÁBITOS

Os fazendeiros dos dois distritos de Porto Velho observaram que a onça pintada abate um animal e se alimenta até se fartar. Em seguida enterra o que sobrou e, mais tarde, volta ao local para novo banquete com a mesma presa. A onça vermelha, porém, mata quantas presas cruzarem seu caminho. “Há relatos de onça vermelha que já abateu até dez animais de uma vez numa mesma propriedade. Ela enterra os animas, se alimenta de um e os demais se perdem”, disse Almino Brasil.

Os proprietários rurais temem também por vidas humanas – principalmente no que diz respeito a crianças. Disse outro fazendeiro que não quis se identificar: “a lei não permite que a gente tenha armas na propriedade rural. Assim, tenho na minha fazenda um caseiro com esposa e quatro filhos. Essas crianças podem ser alvos da onça ao saírem para brincar no terreiro. Até hoje, graças a Deus, não há relatos de onças que atacaram humanos, mas será que teremos que ficar esperando isso acontecer para tomarmos alguma providência”, questiona.

ESTRATÉGIA

As onças nas regiões da Jaci e Mutum estão causando prejuízos consideráveis e colocando a economia de pequenos produtores rurais em colapso – principalmente os que têm criações de subsistência. Tanto que já há planos para abater os felinos. Como o abate com arma de fogo poderia chamar a atenção das autoridades, uma parcela de fazendeiros pretende experimentar o envenenamento dos animais.

A idéia é simples: ao fazer um abate, a onça come e enterra o que sobrou, voltando posteriormente para concluir o serviço. Nesse meio tempo, os fazendeiros pretendem envenenar a carne com veneno de rato, o popular “chumbinho”. Assim, ao voltar para degustar o restante da presa, o felino seria envenenado até a morte.

“Acho legal a gente fazer essa reportagem e colocar esse problema a público, levando ao conhecimento principalmente das autoridades ambientais”, disse outro fazendeiro de Mutum Paraná que quis manter o nome em sigilo. “A questão está colocada. Agora é ver o que as autoridades vão fazer e, principalmente, o que o consórcio de Jirau vai fazer para solucionar o problema. Do contrário, vai ser muito difícil conter os ânimos desse pessoal que está tendo prejuízo por conta da onça. Vai acabar sobrando para os felinos”, concluiu.

quinta-feira, 10 de março de 2011

SINGELA HOMENAGEM A PAULO QUEIROZ

neste início de semana, antes mesmo do dia de carnaval, depois da banda do vai quem quer sair, Paulo Queiroz também se foi... tomou a decisão de ir... talvez o carnaval e a vida em Porto Velho já não lhe mais fizesse ou trouxesse graça ao viver... esse jornalista matreiro desafiava os iniciantes a analistas políticos a tecerem comentários que tivesse essência...algo de novo e não velhas receitas de bolo apodrecido...
eu conheci Paulo Queiroz quando ele coordenava o Sindicato dos Jornalistas e iniciou um curso de atualização dos profissionais da área, isso se não me falha a memória no início de 1997... eu membro do Conselho Indigenista Missionário, bacharelando em História, fui destacado a palestrar num painel sobre o Projeto Sivam e futiquei no fundo do baú e disse com A + B que só serviria mesmo para conhecer nossas riquezas minerais, vegetais e abrir as portas para os "capetalistas"... o coordenador do evento, mas presente na platéia, sr. Paulo Queiroz discordou de mim, disse que era para ajudar a proteger a Amazônia e eu, abusado falei que só se fosse para proteger de nós mesmos proque os interessados já sabiam de tudo e esta tecnologia toda comprada do estrangeiro só tinha esta serventia - vigiar nossa casa contra nossa ação...
assim se tornou de fato e de direito o Sivam que passou a Sipam - de vigilância para proteção... e que grande piada né Sr. Paulo... perdemos toda proteção que tínhamos: nossas florestas, nossos minérios e agora nossas águas privatizadas para gerar energia pelos capetalistas... e o que restou!? Suas análises jornalista Paulo Queiroz cada vez mais percebendo estes novos caminhos da destruição, forjado nas decisões de grupos políticos diferente dos seus ideais... e assim nossa cidade, nosso ar, nossa vida ficou tudo mais dificil por aqui... tú sabias e sentia o quanto tá ficando difícil viver numa metrópole que cresce à galope sob a clarineta do general... não o general da banda que também foi, mas os generais das canetas que decidem qual o próximo canto amazônico a ser destruído...
quantos outros jornalistas e anônimos "Paulo" morrerão para dar lugar ao modelo capetalista? será que o grito que geme em dores de parto no ventre da terra será suficiente para sensibilizar a desenfreada corrida do ouro!?
Paulo, Paulo, deverias ter ficado mais um pouco para a "guerrilha" continuar... assim ficamos menores, apequenezados... descanse em paz onde tiver ido guerrilheiro da contrainformação...
Iremar - PVH, 10/03/2011

GRITOS EM DEFESA DE BELO MONTE ECOOU NO CORAÇÃO GELADO DE LONDRES...

Índios protestam contra construção de Belo Monte em Londres

Foi a materialização da expressão "para inglês ver": três índios (dois brasileiros e uma peruana) ficaram uma hora num frio de 4 ºC em plena City de Londres (centro financeiro da cidade) nesta quarta-feira cantando contra o governo brasileiro e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

"BNDES, que vergonha. Ajudar destruir a Amazônia" e "BNDES, que coisa feia. Coloque as usinas na geladeira", cantavam os índios e um grupo de cerca de 50 apoiadores.

A manifestação foi na frente do banco e pretendia chamar a atenção para os prejuízos que a construção de usinas nos rios Madeira e Xingu trará para as populações indígenas.

O mesmo grupo esteve antes em Oslo, Genebra, e em Paris, onde se encontraram com políticos e empresários.

Almir Suruí, líder dos suruís, de Rondônia, diz entender que a construção dessas das usinas é irreversível, mas afirma que mesmo assim é preciso protestar para que o governo tenha responsabilidade social e ambiental em projetos futuros.

Já Sheila Juruna, do Xingu, diz que é preciso desmascarar o governo brasileiro no exterior. "O Brasil vende uma imagem mentirosa para o mundo. O governo não respeita as populações indígenas, só está interessado em dinheiro e em satisfazer as empresas."

Sheila diz que seu povo está disposto a "lutar com o próprio corpo" contra as usinas.

A viagem dos índios foi bancada por ONGs, como a britânica Survival e a americana Amazon Watch.

O ato atraiu a atenção de alguns jornalistas, mas não dos ingleses que trabalham na região. Talvez porque os índios não estivessem com roupas exóticas. Portavam cocares de pena, mas o frio obrigava que estivessem de bota, casaco e luvas.

Depois do protesto, a ativista Bianca Jagger se uniu aos índios para entregar uma carta no BNDES. Não foram recebidos. Fonte: Folha Online

RIO MADEIRA - ATÉ SONHAR CUSTA MUITO CARO!

Nas barrancas do Madeira tudo que havíamos denunciado desde 2004 está se concretizando e assustando a população... desde o preço do peixe, da farinha d´água que não é de RO, até o aluguel para o forasteiro ou mesmo para o minhoca...tudo o olho da cara... o transito uma maravilha... obras paralisadas por superfaturamento, embargadas pelo TCU demonstram como o desenvolvimento é antagônico - muito dinheiro jogado fora - e a chuva comendo oque foi feito e mal feito... a criminalidade assusta mais que história de boto, que aliás nem se aproxima mais de Porto Velho com medo do trafego no rio assustador... já o velho Madeira continua descendo madeira dos rios do Vale do Mamoré-Guaporé e principalmente de rios bolivianos... cuja País vizinho sonha com sua hidrelétrica em Cachuela Esperanza, aceita sob a pressão do governo brasileiro e apresenta uma proposta alterando de 800 MW para 960 MW, cujos departamentos de Pando e Beni necessitam de 100 MW e ai o irmãozinho bonzinho Brasil vai comprar o restante... o povo boliviano ribeirinho esse vai se afogar como os nossos de Jaci, de Mutum, de Teotônio... afogando está a natureza morta na beira da calha do Madeira produzindo gases que matarão os poucos peixes que restaram e que se arriscam a vir para perto dos canteiros de obras ver o que está acontecendo com o rio deles, onde nadavam livres e hoje mudou de rumo com as tais ensecadeiras exterminadoras de peixes...
só podrião na beira do rio morrendo, na ANEEL, na Casa Civil, no MME, na Eletromorte, Santo Antonio Energia, Enersus, Tratecbel entre outras... enquanto isso vamos velando os operários que morrem nos canteiros de obras, ribeirinhos de infarto ou de perda da esperança na beira ou agora longe do rio...
aqui até o carnaval perdeu a graça... perdeu a cor... ganhou em colorido das roupas dos foliões desfilando suas roupas de trabalho das mais diversas empresas...um colorido que descoloriu até o meu rio Madeira... descolore o rosto das mães que perdem suas filhas para o mundo da exploração sexual infantil em Jaci, ou seus filhos para o consumo e tráfico de drogas... droga é a vida dos ex-moradores de Mutum-Paraná, cujos filhos agora tidos como invasores na escola da Nova Mutum pelos filhos dos engenheiros da SUEZ ENERGIA... ENERGIA...energia...e..ner...gi...a... que se dissipa a cada dia com cada canetada dos juízes de plantão à serviço da ordem e do progresso...

adelantes... é preciso recuperar o sentido de sonhar...
Iremar