sábado, 26 de julho de 2014

DESBARRANCADOS PARTICIPA DE MOSTRA DE DOCUMENTÁRIOS NA III MOSTRA CINE DOCUMENTÁRIO DO SESC EM PORTO VELHO

DESBARRANCADOS DO MADEIRA EM MOSTRA LOCAL PELA PRIMEIRA VEZ


Super legal ver os Desbarrancados eM alguma mostra de Porto Velho depois de ele já ter sido exibido no Encontro Internacional de História Pública na USP e no Encontro Pan Amazônico de História Oral em Belém - PA e ter até artigo publicado em anais de eventos internacionais, para enfim aparecer em Porto Velho. Super legal!

DEVIDO problemas técnicos foi prorrogado para data ainda à definir no mês de Agosto - aguardem informações:


POVO TENHARIN É VÍTIMA DO ESTADO BRASILEIRO

Brasil: Movimentos indígenas denunciam criminalização e perseguição política; Estado nega

Por , 26/07/2014 16:15

AMEAÇAS DE MORTE À LIDERANÇAS TENHARIN CONTINUAM NO SUL DO AMAZONAS

INDÍGENAS TENHARIN CONVIVEM COM AMEAÇAS DE MORTE EM HUMAITÁ

No último dia 25 de junho, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas (FDPI) e membro da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Federal, deputado Padre Ton, delegado por ambas esteve reunido com centenas de indígenas Tenharin na Aldeia Kampinho´hu, no km 137 da BR Transamazônica.
Na chegada foi recebido com honras indígenas, sendo conduzido até o local da reunião por um ancião e lideranças, que entoavam canto um canto de boas vindas.
Logo no início da reunião as anciãs Maria, Joana e Yretá, ambas com mais de 90 anos cada, sobreviventes do grande massacre promovido com a abertura da BR Transamazônica, foram convidadas a dar sua mensagem ao representante da CDH. Ambas foram enfáticas em afirmar em sua língua materna (tupi kagwahiwa) o quanto estão sofrendo com tudo isso. Dona Joana inicia perguntando: “quando vai acabar essa violência... depois de termos vivido o período de escravidão na época do seringal, depois abertura de estrada, mineração, tudo isso... e agora tiraram nossos netos...quando vai acabar isso”¿ Dona Yretá falou que “estou cansada de chorar, não consigo nem andar, quero ver meus netos, ajudem eles voltar”.
A fala das anciãs foram precedidas de dezenas de outras, dos representantes de cada aldeia presente (Kampinho´hu, Mafui, Bela Vista, Marmelo 1, Marmelo 2, Marmelo 3, Vila Nova e Tracuá) afirmando que o único objetivo agora é a liberdade dos cinco parentes presos injustamente (Domiceno, Gilvan, Gilson, Valdiná e Simeão). Todos manifestaram preocupação com a segurança do povo diante da certeza de que até o final de julho será julgado novo habeas corpus e estes terão a liberdade merecida.
Porém, o que mais nos chama a atenção são as constantes ameaças de morte que lideranças estão sofrendo na cidade de Humaitá e a omissão da Polícia Civil que ao ser procurada para registrar boletim de ocorrência afirma estar sem sistema. E isso não foi somente uma vez que ocorreu segundo as lideranças, as quais não se sentem mais seguras em buscar este tipo de serviço, porque o sentimento de descaso para com a proteção de suas vidas os faz se esconder cada vez mais. O direito de ir-e-vir e o direito à segurança está comprometido diante disso.
As ameaças vão desde perseguição no hotel onde se hospedam e até mesmo na hora de comer um churrasquinho no cair da tarde. Querem cercear até o direito das pessoas se alimentarem, cujas ameaças intimidatórias vão desde palavrão a até dizer que devem sair do local porque não são bem vindos à cidade. Como pode algum cidadão se dizer dono da cidade e exigir que o outro se retire para não sofrer atentado? Será que Humaitá é terra de ninguém? Cadê as centenas de policiais utilizados na busca dos corpos e na criminalização dos indígenas? Cadê a prisão dos incendiários de bens públicos e privados?
Já passou da hora da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), juntamente com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT), regularizar a circulação de veículos durante o dia e a noite nos limites que envolve a terra indígena, á exemplo dos Waimiri Atroari - Manaus sentido Roraima. Os Jiahui e Tenharin que somam mais de mil pessoas não podem pagar com suas vidas pela irresponsabilidade do Estado brasileiro que cortou seu território tradicional com a BR Transamazônica e agora os abandona à própria sorte.
Passou da hora de cumprir a Constituição Federal e promover os direitos originários, assim como garantir o direito de ir-e-vir de todos e todas que moram nesta região, porém fazendo justiça diante daqueles que querem à todo custo destruir vidas que vivem à margem dos direitos conquistados.
Justiça Já e Liberdade aos cinco Tenharin, criminalizados por serem indígenas e por apresentarem um modo diferente de vida na relação com a natureza, o Bem Viver.

Iremar Antonio Ferreira 

Diretor do Instituto Madeira Vivo - IMV

DENÚNCIA SOBRE AMEAÇAS À TENHARIN NA IMPRENSA

Tenharim denuncia ameaças de morte a lideranças locais

Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas deverá verificar situação das aldeias na próxima quarta-feira (25/06)
Autor: Ana Aranda
Os indos Tenharim vão protocolar na Comissão Nacional de Direitos Humanos uma denúncia de ameaças de morte feitas por “gente grande da região” contra as lideranças Aurélio Tenharim, João Sena, cacique João Bosco, Ivanildo, Antônio Enésio e Marinho. “Cada cabeça destas vale um milhão de reais”, reforçou o denunciante, Aurélio Tenharim. As riquezas naturais da Terra Indigena, localizadas no Sul do Amazonas, são disputadas por garimpeiros e madeireiros e o território dos índios já foi invadido em diversas oportunidades, sendo que na década de 1980 passou a fazer parte da rodovia Transamazônica. Na próxima quarta-feira, a Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas deverá visitar as aldeias para verificar a situação da comunidade e as denúncias de ameaças.
Seis meses depois do trágico período que precedeu a morte de três moradores do Sul do Amazonas, no final do ano passado, os índios Tenharim – cerca de mil – vivem amedrontados na Terra Indígena. Acusados de forma coletiva e não comprovada pelos crimes, o povo sofreu ataques violentos e só agora, aos poucos, vai retomando a rotina. O forte aparato policial disponibilizado logo depois do conflito étnico ocorrido na região já foi desmobilizado.
No último dia 13 de junho, foi empossada a nova coordenação da Associação do Povo Indígena Tenharin (APITEN). A posse foi pontuada pela esperança de dias melhores e grande comoção provocada pela ausência de cinco parentes, presos em Porto Velho (Rondônia), acusados das mortes dos moradores de Humaitá. O professor Antônio Enésio Tenharim assumiu o cargo de coordenador geral e prometeu ” construir um documento com a história de nossa luta, desde nossos avós que tiveram os primeiros contatos e sobreviveram nos defendendo…”. Os indígenas querem apoio para a geração de emprego e renda para a população. O jornalista iremar Antônio Ferreira acompanhou a posse da nova diretoria da APITEN e faz um relato sobre a situação dos Tenharin.Confira

VOZES DA AMAZÔNIA ECOA GRITO DO POVO DE NAZARÉ NO RIO MADEIRA

OUÇAM AS VOZES DA AMAZÔNIA...
VOZES DESBARRANCADAS...
VOZES ALAGADAS, INUNDADAS DE DESESPERANÇA...
VOZES ECOADAS PELA SENSIBILIDADE DE QUEM VIVE NA BEIRA E COM A BEIRA, MÁRCIA MURA...
QUE ECOEM AS VOZES DA COMUNIDADE DE NAZARÉ NO RIO MADEIRA...
VOZES QUE GRITAM POR JUSTIÇA...
ACESSEM AQUI;
http://www.4shared.com/mp3/pHLyyF1Sba/VOZES_DA_AMAZONIA_Marcia_Mura_.html?

VOZES DA AMAZÔNIA ECOA GRITO DE SOCORRO DA COMUNIDADE NAZARÉ NO RIO MADEIRA


OUÇAM NO VOZES DA AMAZÔNIA A DENÚNCIA ECOADA DOS BARRANCOS DO RIO MADEIRA ONDE AS BARRAGENS E AS ENCHENTES DECORRENTES CONTINUAM A FAZER VÍTIMAS...TODAS VÍTIMAS DO PROJETO QUE DESEN-VOLVE, RE-TIRA, PROVOCA MORTE...
MÁRCIA MURA TRAZ AS VOZES DAS VÍTIMAS... VOZES DA COMUNIDADE NAZARÉ NO RIO MADEIRA...
ACESSE O LINK A SEGUIR: http://www.4shared.com/mp3/pHLyyF1Sba/VOZES_DA_AMAZONIA_Marcia_Mura_.html

VOZES DA AMAZÔNIA É CULTURAL POPULAR BEIRADEIRA...HIP HOP DA RESISTÊNCIA


no Vozes Da Amazônia Imv dia 20 de julho recebi Nei Mura do Comunidade Manoa e MC Claudinho falando de Hip Hop e a luta por Justiça Social e Ambiental...ouçam ai e compartilhem este bate papo musicalizado:
PARA OUVIR ACESSE AQUI http://www.4shared.com/mp3/kOLYamw2ba/vozes_da_amazonia_200714_HIP_H.html

IMV CONCLAMA APOIO EM DEFESA DOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS

Carta Aberta
Nós do Instituto Madeira Vivo, (organização socioambiental sem fins lucrativos) Pedimos o apoio de todos os brasileiros e dos cidadãos estrangeiros para que o mundo saiba da total desumanidade cometida aos povos indígenas Tenharim e Mura do sul do Amazonas e as populações das margens do rio Madeira no Estado de Rondônia.
O Povo Tenharim que teve seu território atravessado na década de 70 pela rodovia Transamazônica e desde então vem sofrendo consequências causadas por essa rodovia, mais uma vez, está sofrendo com ataques etnocêntricos. Dentre esses ataques ocorreu a morte de um dos caciques do Povo Tenharim e, em seguida, a acusação e prisão sem provas concretas de cinco Tenharim, pela morte de três moradores não indígenas que desapareceram no trajeto entre Humaitá e Santo Antônio do Matupi (sul do Amazonas). Desde então, eclodiu um ataque anti-indígena direto aos Tenharim, mas que afetaram todos os povos indígenas da região. O Povo Tenharim pede a liberdade dos cinco Tenharim presos e a existência urgente de postos de segurança nos limites de seu território, para que o novo cacique seja empossado, para que a festa de renovação espiritual aconteça, para os que velhos não morram de tanta tristeza, para que não sofram mais ataques dentro de seu território e para que o Povo volte a viver sua vida cultural.
Os Mura do rio Itaparanã (sul do Amazonas) que se encontram num processo de reivindicação de demarcação de sua terra também estão se sentindo ameaçados com os ataques não-indígenas contra os Tenharim, pois todo o processo de fortalecimento político foi interrompido. Algumas famílias Mura vivem na cidade porque não se sentem seguros em permanecer em sua comunidade, pois sofrem pressão de invasão de sua terra por parte de não-indígenas que estão desmatando ilegalmente, fazendo caça e pesca predatória e abrindo estradas vicinais clandestinas dentro da terra Mura reivindicada para demarcação, além disso, os não indígenas que vivem no entorno coíbem os Mura de reivindicarem a demarcação de sua terra.

As populações das margens do rio Madeira em Rondônia e também no sul do Amazonas foram destruídas pela enchente causada não somente pelas chuvas, mas principalmente porque o rio tem duas barragens que impedem suas águas correrem livremente. Agora que as águas baixaram as casas estão destruídas, as plantações mortas e a água contaminada. Essas comunidades não podem morrer em nome do suposto progresso e desenvolvimento econômico do Brasil. Todos nós da Amazônia também somos brasileiros e merecemos viver com dignidade, também merecemos ter nossos direitos humanos respeitados. Queremos um desenvolvimento que garanta nossa existência e não um desenvolvimento que nos mata!