sexta-feira, 28 de julho de 2017

A FORÇA DA TRADIÇÃO, DA HISTÓRIA, DA MEMÓRIA E DA SOLIDARIEDADE NA VILA DE NAZARÉ

A FORÇA DA TRADIÇÃO, DA HISTÓRIA, DA MEMÓRIA E DA SOLIDARIEDADE NA VILA DE NAZARÉ, NO BAIXO RIO MADEIRA, AMAZÔNIA, PANAMAZÔNIA...
foto: Anny Barros Fotografia
A força da tradição Boi Curumim

Foto: Tanan Mura
Maloca Mura - a força da reafirmação indígena em Nazaré


Fernando Pessoa em um de seus poemas eternamente continua dizendo: "tudo vale a pena quando a alma não é pequena...". Porque sê-la se o mundo é tão grande lhe pergunto carxs leitores !?
Penso que as pessoas em sua maioria, em pleno século XXI, se sentem ausentes de si mesmas... como pensar nas outras se tenho que competir comigo mesma, se tenho que sanar minhas ansiedades no mundo capitalista e consumir, consumir cada novo dia novas novidades... é assim que percebo muitos ao meu redor...
Sair dessa roda gigante, dessa engrenagem que moe, que mata e que fere muita gente se torna tarefa dificil...
Mas é preciso coragem para sair deste banzeiro, é preciso olhar o mundo do século XXI com olhos de séculos que já marcaram a história da humanidade, de momentos em que a vida não era fácil, mas o jeito de vencer as dificuldades era se juntando, trabalhando em coletividade, nos sistemas de aldeias, de campesinato, de aldeões, de trocas, de reciprocidade...
É nesse modo de vida em construção, que na Vila de Nazaré o ano todo esse processo coletivo ocorre e de forma mais específica no mês de julho quando o Festival Folclórico Cultural acontece, que neste ano de 2017 foi a quinquagésima primeira (51) edição. Neste mês juntam-se todos e todas nesta empreitada...é gente da beira, das comunidades vizinhas, crianças, jovens, adultos e gente de longe do NAPRA - Núcleo de Apoio as Populações Ribeirinhas da Amazônia e os Doutores Sem Fronteiras, ambos do Estado de São Paulo, que irmanados às gentes da beira, do Instituto Socio Ambiental Minhas Raizes, do Instituto Madeira Vivo/Maloca Mura, da Universidade Federal de Rondônia e tantos outros e outras voluntários se hermanam na árdua tarefa de fazer o bem de forma solidária e não meramente assistencialista, na base da troca e como elemento maior desta o AMOR ao próximo.
Todos e todas movidos pela força da tradição, da história deste lugar, da memória dos que já se foram e deixaram o legado, na solidariedade pulsante fincam raízes e fazem a diferença onde o poder público não alcança...aqui a troca é de irmandade, de parente!
Se você quiser fazer parte deste processo é fácil, é só vir ver pra somar... faça como os amigos e amigas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Assentamento Coletivo 14 de Agosto, da Comissão Pastoral da Terra que já somaram a esta luta dos povos da beira dos rios...
Ispia maninho e manazinha as fotos abaixo e some-se, pois no coletivo é que a gente pode construir o Bem Viver...
Parabéns a todos e todas que fazem parte desta corrente do bem...tamo junto...
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