sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ASSASSINATO DE LIDERANÇAS INDÍGENAS NO MATO GROSSO DO SUL... ATÉ QUANDO?

Solicitamos a atuação do MJ no acompanhamento efetivo da dramática situação do povo guarani kaiowa no Mato Grosso do Sul.

No dia 27/09/2011, o indígena Teodoro Ricardi - Guarani Kaiowa - foi assassinado.

Teodoro era primo dos dois professores Rolindo e Genivaldo Vera, assassinados também na comunidade de Y’poí recentemente, fatos que permanecem impunes – inclusive a busca de um dos corpos sequer teve êxito.

Hoje, recebemos informação de mais uma denúncia de tentativa de assassinato em Y’poi. Enquanto a comunidade aguardava o corpo do indígena Teodoro Ricardi para ser enterrado, ontem - 29/09/2011 - por volta das 16 horas, o jovem indígena Isabelino Gonçalves conseguiu escapar dos tiros efetuados por pistoleiros e caiu em uma vala. É de se ressaltar que a comunidade guarani kaiowa (g.k.) de Y’poí, assim como as comunidades indígenas kurussu amba (g.k.), Nhanderu laranjeira (g.k.) e Cachoeirinha (terena) – estas duas últimas na iminência do cumprimento de ordens judiciais de reintegração de posse em favor de não-índios (respectivamente emitidas pela JF/MS e STF – AC 2556 da relatoria do Min. Marco Aurélio) – ESTÃO SOB A PROTEÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO, para além da proteção especial que é conferida aos povos indígenas pela Constituição Federal, na forma do programa de proteção a defensores de direitos humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Em junho a comunidade terena da TI cachoeirinha sofreu um atentado incendiário do qual resultaram várias vítimas graves, sendo uma fatal.

Em setembro, a comunidade guarani kaiowa do tekoha pyelito kue foi atacado por cerca de 40 pistoleiros.Os fatos são graves e as informações recebidas vinda da região são de que novos ataques contra os indígenas podem acontecer a qualquer momento. Portanto, solicitamos a presença da Força Nacional na região para garantir a vida do povo guarani Kaiowa do Mato Grosso do Sul; que a Força Nacional de Segurança faça o desarmamento dos pistoleiros e fazendeiros da região; e, que a PF investigue as empresas de segurança da região.
Atenciosamente, Adelar Cupsinski
Denise da Veiga Alves
Assessoria Jurídica do Cimi

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